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Fundo Ambiental dá 100 milhões do PRR a 43 projetos de baterias. Iberdrola arrecada 20 milhões
Entre quase 80 candidaturas, para uma dotação total de 99,75 milhões de euros, foram aprovados 43 projetos, que receberão financiamento para a instalação de pelo menos 500 MW de capacidade de armazenamento de energia na rede elétrica pública.
O ministério do Ambiente e da Energia anunciou esta quinta-feira que o concurso do Fundo Ambiental, lançado no verão de 2024, para investimento em "Flexibilidade da Rede e Armazenamento" recebeu um total de 79 candidaturas para um valor de quase 100 milhões de euros para implementar sistemas de armazenamento de energia renovável. Com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR, na vertente RePoweEU), o objetivo deste financiamento é reforçar a sustentabilidade do sistema elétrico nacional e reduzir a dependência de fontes de energia fóssil.
Entre quase 80 candidaturas, para uma dotação total de 99,75 milhões de euros, foram aprovados 43 projetos, que receberão financiamento para a instalação de pelo menos 500 MW de capacidade de armazenamento de energia na rede elétrica pública.
A espalhola Iberdrola Renewables Portugal foi a grande vencedora, com um investimento aprovado na ordem dos 19,7 milhões de euros para seis projetos de armazenamento no país, seguida da Solara4 Phase4 (central solar de Alcoutim, da alemã Allianz), com 16,5 milhões e da Revendosol com 14,8 milhões de euros (Central Solar de Santas, no Alentejo).
Também garantiram investimento outras empresas como a Fotovoltaica Lote A (promotora da central da Cerca, em Alenquer, comprada pela EDP, com 5,2 milhões para baterias), a Galp Parques Fotovoltaicos de Alcoutim (quase cinco milhões para quatro projetos de armazenamento), a Days of Luck (central solar do Fundão, 3,1 milhões) e Navigator (Setúbal e Figueira da Foz, três milhões de euros), entre outras.
De acordo com as regras, o investimento deve incluir a instalação de, pelo menos, 500 MW de capacidade de armazenamento de energia na rede elétrica, com base em baterias que conferem flexibilidade e segurança ao sistema elétrico, permitindo economias de rede, com uso de energia verde armazenada em alternativa a uso de energia fóssil e minimizando falhas de fornecimento de energia.
Para a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, "este investimento reflete o compromisso de Portugal em liderar a transição energética, promovendo soluções sustentáveis que beneficiam a economia, o ambiente e a sociedade. O apoio a
projetos inovadores como estes é essencial para garantir um futuro mais verde e eficiente."
Em comunicado, o Governo informou que as empresas candidatas podem, entretanto, pronunciar-se e requerer esclarecimentos, até ao próximo dia 21 de janeiro de 2025.