A nacionalização de 100% da Électricité de France (EDF) permitirá ao governo francês atuar com maior rapidez num cenário de crise energética que representará um "problema considerável" nos próximos meses.

A justificação é dada pelo ministro da Economia Francês, Bruno Le Maire, que vê como "a opção mais provável" nas próximas semanas o corte do fornecimento de gás russoà Europa.

Para o governante, a nacionalização da empresa de energia elétrica "muda muita coisa porque há muitos projetos que às vezes podem demorar algumas semanas ou meses a mais e porque há debates que são legítimos a partir do momento em que há uma participação de acionistas não estatais".

As declarações de Bruno LeMaire, citadas pela AFP e publicadas pelo El Mundo, foram feitas aos jornalistas no Fórum Económico de Aix-en-Provence, em que o governante participou.

"Haverá assim uma unidade de comando total", explicou, frisando que "isso permitirá tomar decisões mais rápidas sobre a questão estratégica da produção de eletricidade descarbonizada na França.

Le Maire insistiu que "nos preparamos para um corte completo do gás russo, que agora é a opção mais provável".