Notícia
Fitch diz que a aquisição de 87,4% da Sunseap não tem impacto no "rating" da EDP
A agência de 'rating' sublinhou que mesmo que a aquisição "represente uma antecipação de investimentos em renováveis em novos mercados projetados até 2022", espera que "a antecipação de Capex [investimento] seja financeiramente acomodada".
10 de Novembro de 2021 às 15:34
A Fitch anunciou esta quarta-feira que a aquisição de 87,4% da empresa de Singapura Sunseap não terá impacto no 'rating' da EDP, por ser "consistente com os investimentos" projetados no plano de negócios até 2025.
"A aquisição pela EDP de 87,4% do operador de energia renovável de Singapura Sunseap por 600 milhões de euros (valor patrimonial) não terá impacto no 'rating' da empresa portuguesa, pois é consistente com os investimentos projetados pela Fitch Ratings e no plano de negócios da EDP até 2025", referiu a Fitch, em comunicado.
A agência de 'rating' sublinhou que mesmo que a aquisição "represente uma antecipação de investimentos em renováveis em novos mercados projetados até 2022", espera que "a antecipação de Capex [investimento] seja financeiramente acomodada, provavelmente com algum adiamento de investimentos em outros projetos renováveis orgânicos, com impacto mínimo nos limites de alavancagem até 2022".
A EDP anunciou em 03 de novembro a aquisição de 87,4% da Sunseap, "o maior operador de energia solar distribuída e o quarto maior operador de energia solar do Sudeste Asiático", por 600 milhões de euros, numa transação que "representa uma valorização da empresa de Singapura em 870 milhões de euros.
No mesmo dia, o presidente executivo da empresa (CEO), Miguel Stilwell d'Andrade, disse à Lusa que a EDP planeia investir 1.500 milhões de euros no grupo Sunseap, até 2025.
"Queremos crescer, alavancar ainda mais e aproveitar o crescimento daquela região", indicou, explicando que a EDP, através da EDP Renováveis (EDPR), tem previsto "investir cerca de 1.500 milhões de euros ao longo dos próximos anos na empresa". Este valor é para ser aplicado até 2025, detalhou o gestor.
"Estrategicamente, é uma transação que obviamente tem um ótimo encaixe com o portfolio da EDP", garantiu Miguel Stilwell d'Andrade.
"Passamos verdadeiramente a ser uma empresa global, com presença nas quatro grandes regiões: Estados Unidos, Europa, América Latina e agora também Ásia", algo que permite "aproveitar este crescimento que existe, toda a dimensão do mercado asiático e todo o crescimento que se prevê também ao longo dos próximos anos", salientou.
A empresa ressalvou também, no comunicado enviado na ocasião, que "entre a assinatura e o fecho da operação, a EDPR poderá aumentar a sua participação para 91,4%".
Questionado sobre esta operação, o CEO da EDP indicou que a empresa "não tinha um único dono, tinha vários pequenos acionistas, um grande que tinha cerca de 45% e outros pequenos acionistas".
De acordo com o gestor, "87% dos acionistas aderiram à compra, ou seja, aceitaram vender. Mas há um acionista que tem cerca de 4% que ainda não tomou a decisão", explicou. "Obviamente comunicamos [com] o conhecimento que tínhamos hoje, e se eles venderem nas próximas semanas passaremos a ter os 91%", referiu.
O resto do capital fica nas mãos dos fundadores da Sunseap e de outro acionista, de origem japonesa, indicou o CEO.
A EDP vai manter a equipa de gestão do grupo, garantiu, referindo que é "um dos atrativos da empresa".
"Agora a palavra-chave vai ser consolidar a nossa presença", salientou Miguel Stilwell d'Andrade, acrescentando que a EDP entrou "em muitos mercados nos últimos 12 ou 18 meses". O foco, "mais do que alargar o número de países, vai ser agora consolidar", destacou.
"A aquisição pela EDP de 87,4% do operador de energia renovável de Singapura Sunseap por 600 milhões de euros (valor patrimonial) não terá impacto no 'rating' da empresa portuguesa, pois é consistente com os investimentos projetados pela Fitch Ratings e no plano de negócios da EDP até 2025", referiu a Fitch, em comunicado.
A EDP anunciou em 03 de novembro a aquisição de 87,4% da Sunseap, "o maior operador de energia solar distribuída e o quarto maior operador de energia solar do Sudeste Asiático", por 600 milhões de euros, numa transação que "representa uma valorização da empresa de Singapura em 870 milhões de euros.
No mesmo dia, o presidente executivo da empresa (CEO), Miguel Stilwell d'Andrade, disse à Lusa que a EDP planeia investir 1.500 milhões de euros no grupo Sunseap, até 2025.
"Queremos crescer, alavancar ainda mais e aproveitar o crescimento daquela região", indicou, explicando que a EDP, através da EDP Renováveis (EDPR), tem previsto "investir cerca de 1.500 milhões de euros ao longo dos próximos anos na empresa". Este valor é para ser aplicado até 2025, detalhou o gestor.
"Estrategicamente, é uma transação que obviamente tem um ótimo encaixe com o portfolio da EDP", garantiu Miguel Stilwell d'Andrade.
"Passamos verdadeiramente a ser uma empresa global, com presença nas quatro grandes regiões: Estados Unidos, Europa, América Latina e agora também Ásia", algo que permite "aproveitar este crescimento que existe, toda a dimensão do mercado asiático e todo o crescimento que se prevê também ao longo dos próximos anos", salientou.
A empresa ressalvou também, no comunicado enviado na ocasião, que "entre a assinatura e o fecho da operação, a EDPR poderá aumentar a sua participação para 91,4%".
Questionado sobre esta operação, o CEO da EDP indicou que a empresa "não tinha um único dono, tinha vários pequenos acionistas, um grande que tinha cerca de 45% e outros pequenos acionistas".
De acordo com o gestor, "87% dos acionistas aderiram à compra, ou seja, aceitaram vender. Mas há um acionista que tem cerca de 4% que ainda não tomou a decisão", explicou. "Obviamente comunicamos [com] o conhecimento que tínhamos hoje, e se eles venderem nas próximas semanas passaremos a ter os 91%", referiu.
O resto do capital fica nas mãos dos fundadores da Sunseap e de outro acionista, de origem japonesa, indicou o CEO.
A EDP vai manter a equipa de gestão do grupo, garantiu, referindo que é "um dos atrativos da empresa".
"Agora a palavra-chave vai ser consolidar a nossa presença", salientou Miguel Stilwell d'Andrade, acrescentando que a EDP entrou "em muitos mercados nos últimos 12 ou 18 meses". O foco, "mais do que alargar o número de países, vai ser agora consolidar", destacou.