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Espanha rejeita "pacto" com Portugal para limitar preços da eletricidade

Governo de Pedro Sánchez deverá chumbar o "pacto ibérico" que estava em discussão e que permitiria uma poupança líquida de 5.700 milhões de euros mensais aos dois países. Espanha está a trabalhar em soluções alternativas, que contem com acordo de Bruxelas.

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21 de Março de 2022 às 13:13
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A proposta conjunta para limitar os preços da eletricidade em Portugal e Espanha não deverá avançar. Segundo a imprensa espanhola, o governo de Pedro Sánchez deverá chumbar o "pacto ibérico" que estava em discussão e que permitiria uma poupança líquida de 5.700 milhões de euros mensais aos dois países.

Fontes do Ministério da Transição Ambiental espanhol, citadas pelo El Economista e pela agência EFE, indicam que Espanha está a trabalhar já em soluções alternativas para baixar os preços da eletricidade, que garantam uma maior unanimidade na UE, por considerarem que a imposição de um teto máximo não seria acolhida por Bruxelas.

A ministra da Transição Climática espanhola, Teresa Ribera, e o ministro do Ambiente português, João Matos Fernandes, tinham anunciado, na semana passada, uma iniciativa conjunta para impor um limite de 180 megawatts no mercado grossista diário para travar a escalada dos preços da eletricidade na Pensínsula Ibérica. 

A ideia, não entanto, não encontrou consenso em Espanha, mesmo depois de o Governo espanhol ter admitido a hipótese de avançar com o "pacto ibérico" se a União Europeia demorasse a tomar medidas para mitigar o impacto da subida dos preços da energia nas famílias e nas empresas ibéricas.

Segundo o ministro português João Matos Fernandes, se o Governo aceitasse a proposta, Portugal poderia ter uma poupança líquida mensal de 1.100 milhões de euros. "Com esta proposta passaríamos a pagar uma fatura de 3.500 milhões de euros por mês, que compara com os 9.200 milhões de euros atuais. Ou seja, resultaria numa poupança conjunta mensal líquida de 5.700 milhões de euros", disse.
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