Notícia
Electricidade mais cara em Portugal e Espanha
A electricidade vai subir 2,8% no próximo ano para os consumidores domésticos, confirmou esta quinta-feira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), na directiva que define tarifas e preços para a energia eléctrica e outros serviços em 2014 publicada em Diário da República.
"A determinação das tarifas para 2014 tem em consideração os valores dos custos e investimentos ocorridos em 2012, estimados para 2013 e os previstos para 2014, enviados pelas empresas reguladas do Continente e das Regiões Autónomas, bem como os parâmetros de regulação estabelecidos em 2011 para o período de regulação 2012-2014", explica a ERSE.
Já em Espanha, a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) fez uma recomendação ao Governo liderado por Mariano Rajoy sobre a fórmula de actualização dos preços da electricidade em Espanha. Isto depois das suspeitas de manipulação dos preços da electricidade. As duas opções possíveis resultam num aumento entre 1,4% e 2,9% a partir de Janeiro.
Na semana passada, a 19 de Dezembro, foi realizado um leilão em Espanha para determinar as tarifas eléctricas a vigorar em Janeiro. Esse leilão ditou um aumento de 29,5% do preço grossista, implicando um acréscimo de cerca de 11% para os consumidores.
O Governo espanhol suspeita que houve manipulação tendo solicitado, com carácter de urgência, que a CNMC abrisse uma investigação. O regulador informou, no dia seguinte, que o leilão não reunia as condições necessárias para ser considerado válido. Em comunicado, a CNMC referia que "decidiu não validar" o leilão realizado a 19 de Dezembro devido à ocorrência de "circunstâncias atípicas no desenvolvimento do mesmo e num contexto de preços elevados no mercado diário durante as semanas que antecederam o leilão".
Esta quinta-feira, o regulador apresentou duas possíveis soluções. Uma ditará uma subida para os consumidores de 1,4% e a outra de 2,9%, de acordo com os meios de comunicação espanhóis.
A primeira possibilidade é calcular as tarifas tendo em consideração o preço médio do mercado de futuros no último trimestre. Neste caso o custo estimado deverá sofrer um aumento de 7,26%, ou seja, um acréscimo de 2,9% para os consumidores. A segunda possibilidade é usar os dois últimos trimestres. Neste caso o aumento grossista é de 3,47%, ou 1,4% para o retalho.