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Regulador espanhol recomenda subidas de electricidade entre 1,4% e 2,9%
A Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência já fez uma recomendação ao Governo liderado por Mariano Rajoy sobre a fórmula de actualização dos preços da electricidade em Espanha. Isto depois das suspeitas de manipulação dos preços da electricidade. Há duas opções que resultam num aumento entre 1,4% e 2,9%, a partir de Janeiro.
Na semana passada, a 19 de Dezembro, foi realizado um leilão em Espanha para determinar as tarifas eléctricas a vigorar em Janeiro. Esse leilão ditou um aumento de 29,5% do preço grossista, o que implica um acréscimo de cerca de 11% para os consumidores.
O Governo suspeita que houve manipulação tendo solicitado, com carácter de urgência, que a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) abrisse uma investigação.
O regulador informou, no dia seguinte, que o leilão não reunia as condições necessárias para ser considerado válido. Em comunicado, a CNMC referia que "decidiu não validar" o leilão realizado a 19 de Dezembro devido à ocorrência de "circunstâncias atípicas no desenvolvimento do mesmo e num contexto de preços elevados no mercado diário durante as semanas que antecederam o leilão".
Esta quinta-feira, 26 de Dezembro, o regulador apresentou duas possíveis soluções. Uma ditará uma subida para os consumidores de 1,4% e a outra de 2,9%, de acordo com os meios de comunicação espanhóis.
A primeira possibilidade é calcular as tarifas tendo em consideração o preço médio do mercado de futuros no último trimestre. Neste caso o custo estimado deverá sofrer um aumento de 7,26%, ou seja, um acréscimo de 2,9% para os consumidores.
A segunda possibilidade é usar os dois últimos trimestres. Neste caso o aumento grossista é de 3,47%, ou sejam de 1,4%.
Qual a fórmula a ser aplicada, será o Governo a determinar, sendo que o regulador deixou explícito que qualquer uma das hipóteses terá de ser transitória. Para se "evitar qualquer impacto de distorção do mercado" deveria utilizar-se um "mecanismo transitório" para definir as tarifas de electricidade. E deveria ser usado "no mínimo tempo possível" e apenas até "que se disponha de um procedimento definitivo que assegure a concorrência e a estabilidade", alerta o regulador.