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EDP multada em 7,5 milhões por infracções com tarifas sociais

A ERSE decidiu aplicar uma coima final no valor de 7,5 milhões de euros à EDP Comercial, devido à prática de infracções por não atribuição e aplicação de tarifas sociais a consumidores economicamente vulneráveis.

391 – EDP - A EDP continua a ser a melhor posicionada, à frente da Galp Energia e da Jerónimo Martins. Surge na posição 391 de um total de 2000, abaixo do 349º posto obtido no ano passado. Perdeu 42 posições.
Negócios 10 de Dezembro de 2015 às 17:16
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A EDP Comercial foi alvo de uma coima no valor de 7,5 milhões de euros por parte da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), no âmbito de um processo que foi aberto a 15 de Abril de 2015.

 

O regulador justificou a decisão pelo facto de a empresa ter praticado "infracções no âmbito da aplicação da tarifa social e do ASECE (Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia) a consumidores economicamente vulneráveis de electricidade e gás natural".

 

A empresa pode agora recorrer para o Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão.

 

Num comunicado, a ERSE concretiza as várias infracções praticadas pela EDP Comercial:

 

- não atribuição e aplicação de tarifas sociais e ASECE a consumidores economicamente vulneráveis,

- não identificação clara e visível nas facturas dos descontos sociais inerentes, 

- divulgação extemporânea de informação sobre a existência da tarifa social e sua aplicação, não solicitação tempestiva aos operadores das redes de distribuição da aplicação dos descontos, 

- aplicação de descontos inferiores aos legalmente devidos, 

- violação do dever de transparência comercial, não auditabilidade da informação e falta de colaboração.

 

"O cumprimento dos deveres previstos na legislação sectorial e na regulamentação energética relativamente aos consumidores de energia economicamente vulneráveis, é essencial para o regular funcionamento do SEN e do SNGN, bem como para salvaguarda dos interesses dos consumidores, em especial dos economicamente vulneráveis", refere a ERSE.

As contra-ordenações em causa são puníveis com coimas até 2% e 10% do volume de negócios da empresa visada, explica em comunicado a ERSE. Em Abril, o regulador anunciou que tinha aberto inquéritos à EDP Comercial e à Galp Power, por indícios de não atribuição, indevidamente, da tarifa social e de incumprimento do dever de informação aos beneficiários, nomeadamente na factura de fornecimento, o que veio a confirmar.

Com a decisão relativa à EDP Comercial, continua ainda a decorrer o processo relativo à Galp Power. No final do terceiro trimestre, o número de beneficiários da tarifa social de electricidade era cerca de 85 mil, menos de um quinto do objectivo de chegar aos 500.000, traçado pelo anterior governo.

 

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