Notícia
Crise energética: Macron pede a Berlim "solidariedade" europeia perante subida dos preços
Os líderes dos 27 da UE reúnem-se na quinta e sexta-feira, em Bruxelas, com o objetivo de encontrar uma resposta comum para o aumento dos preços da energia provocado pela guerra na Ucrânia.
16 de Outubro de 2022 às 23:37
O Presidente francês pediu hoje à Alemanha que mostre "solidariedade" europeia perante a subida dos preços da energia e defendeu um "forte apoio" o "mais rápido possível" à indústria automóvel na Europa contra a China e os Estados Unidos.
Estas declarações de Emmanuel Macron constam numa entrevista dada ao diário francês Les Echos que vai ser publicada na íntegra na segunda-feira.
"Não podemos cingir-nos às políticas nacionais porque isso cria distorções dentro do continente europeu", afirmou o governante, segundo avançou a AFP, que teve acesso à entrevista.
"A nossa Europa, como durante a crise de covid-19, está num momento de verdade (...). Devemos agir com unidade e solidariedade", acrescentou o chefe de Estado francês.
O Governo do chanceler alemão Olaf Sholz, acusado de seguir sozinho com o seu plano de apoio de 200 mil milhões de euros para proteger as famílias e empresas face ao aumento dos preços de energia, está sob pressão de vários parceiros da União Europeia (UE) para aceitar mais solidariedade financeira.
"A Alemanha está num momento de mudança de modelo, cuja natureza desestabilizadora não deve ser subestimada", admitiu Macron.
Mas, "se queremos ser consistentes, não são as estratégias nacionais que devem ser adotadas, mas sim uma estratégia europeia", insistiu Macron, manifestando-se, no entanto, confiante "na força do eixo franco-alemão" e na capacidade de ambos, em conjunto, "para levar a cabo uma estratégia ambiciosa".
Os líderes dos 27 da UE reúnem-se na quinta e sexta-feira, em Bruxelas, com o objetivo de encontrar uma resposta comum para o aumento dos preços da energia provocado pela guerra na Ucrânia.
"Existe solidariedade europeia em relação à Alemanha e é normal que exista solidariedade da Alemanha em relação à Europa", enfatizou o Presidente francês.
Na mesma entrevista, Emmanuel Macron preconizou um "forte apoio" e o "mais rápido possível" à indústria automóvel europeia face à China e aos Estados Unidos.
"Defendo fortemente uma preferência europeia neste aspeto e um forte apoio ao setor automóvel. Temos que assumi-lo e deve acontecer o mais rapidamente possível", declarou.
"Os americanos estão a comprar americano e estão a fazer uma estratégia muito ofensiva de ajuda estatal", argumentou Macron.
Por sua vez, "os chineses estão a fechar o seu mercado. Não podemos ser o único espaço, o mais virtuoso em termos de plano climático, que considera que não há preferência europeia", apontou.
Emmanuel Macron vai estar presente na segunda-feira na abertura do Salão Automóvel de Paris.
Na edição deste ano do evento vão estar presentes um grande número de fabricantes chineses, que pretendem lançar os seus modelos elétricos no mercado europeu.
Estas declarações de Emmanuel Macron constam numa entrevista dada ao diário francês Les Echos que vai ser publicada na íntegra na segunda-feira.
"A nossa Europa, como durante a crise de covid-19, está num momento de verdade (...). Devemos agir com unidade e solidariedade", acrescentou o chefe de Estado francês.
O Governo do chanceler alemão Olaf Sholz, acusado de seguir sozinho com o seu plano de apoio de 200 mil milhões de euros para proteger as famílias e empresas face ao aumento dos preços de energia, está sob pressão de vários parceiros da União Europeia (UE) para aceitar mais solidariedade financeira.
"A Alemanha está num momento de mudança de modelo, cuja natureza desestabilizadora não deve ser subestimada", admitiu Macron.
Mas, "se queremos ser consistentes, não são as estratégias nacionais que devem ser adotadas, mas sim uma estratégia europeia", insistiu Macron, manifestando-se, no entanto, confiante "na força do eixo franco-alemão" e na capacidade de ambos, em conjunto, "para levar a cabo uma estratégia ambiciosa".
Os líderes dos 27 da UE reúnem-se na quinta e sexta-feira, em Bruxelas, com o objetivo de encontrar uma resposta comum para o aumento dos preços da energia provocado pela guerra na Ucrânia.
"Existe solidariedade europeia em relação à Alemanha e é normal que exista solidariedade da Alemanha em relação à Europa", enfatizou o Presidente francês.
Na mesma entrevista, Emmanuel Macron preconizou um "forte apoio" e o "mais rápido possível" à indústria automóvel europeia face à China e aos Estados Unidos.
"Defendo fortemente uma preferência europeia neste aspeto e um forte apoio ao setor automóvel. Temos que assumi-lo e deve acontecer o mais rapidamente possível", declarou.
"Os americanos estão a comprar americano e estão a fazer uma estratégia muito ofensiva de ajuda estatal", argumentou Macron.
Por sua vez, "os chineses estão a fechar o seu mercado. Não podemos ser o único espaço, o mais virtuoso em termos de plano climático, que considera que não há preferência europeia", apontou.
Emmanuel Macron vai estar presente na segunda-feira na abertura do Salão Automóvel de Paris.
Na edição deste ano do evento vão estar presentes um grande número de fabricantes chineses, que pretendem lançar os seus modelos elétricos no mercado europeu.