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Consórcio da Galp avança com plano de desenvolvimento em Moçambique
O início da produção no projecto Mamba deverá acontecer em 2024. Para já avança o plano de desenvolvimento, cuja decisão deverá ser tomada no próximo ano. A Galp Energia tem uma participação de 10% neste consórcio.
O consórcio onde a Galp Energia detém 10% avançou com o plano de desenvolvimento do projecto de produção e venda de gás natural proveniente das reservas de Mamba, na denominada Área 4, localizada na bacia Rovuma, em Moçambique.
"A Galp informa que o consórcio de que faz parte na Área 4 no offshore de Moçambique submeteu ao governo moçambicano o plano de desenvolvimento para a primeira fase do projecto Rovuma LNG, que irá produzir, liquefazer e vender gás natural proveniente dos relevantes campos de Mamba", pode ler-se num comunicado enviado pela Galp para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"O plano de desenvolvimento inclui a proposta de construção de instalações onshore, que compreenderão duas unidades de liquefacção (trains), com capacidade para produzir 7,6 milhões de toneladas por ano (mtpa) cada", adianta a mesma fonte.
O consórcio prevê que a decisão sobre este investimento seja tomada em 2019 e que a produção arranque efectivamente em 2024.
Neste consórcio, a italiana Eni detém 25% do consórcio, assim como a norte-americana Exxonmobil (25%). A Galp participa com 10%, a par da moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (10%), da sul-coreana Kogas (10%) e da chinesa CNODC (20%).
"O Rovuma LNG é um projecto de elevado relevo na estratégia da Galp e que se enquadra na redução da intensidade carbónica do seu portefólio. A submissão deste plano de desenvolvimento é mais um passo relevante no desenvolvimento das descobertas em Moçambique que, devido à dimensão e qualidade dos recursos, é esperado que venha a desempenhar um papel fundamental na indústria do gás natural", acrescenta o comunicado emitido para a CMVM.
A entrada em produção do projecto de gás natural - que se iniciará no outro campo, o de Coral Sul – deverá permitir à Galp triplicar a sua capacidade de produção desta matéria-prima depois de 2020, de acordo com as contas de um analista da Bloomberg, em Novembro.
A Galp decidiu avançar com o investimento em Moçambique há cerca de um ano. O investimento total previsto para este projecto é de 7 mil milhões de dólares (6,2 mil milhões de euros), tendo já o consórcio garantido o seu financiamento para o Coral Sul.