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Comissão executiva da Galp vai ter duas mulheres
Susana Quintana-Plaza e Sofia Tenreiro vão integrar a comissão executiva. Escolhas fazem parte de um conjunto de mudanças estratégicas da Galp propostas por Paula Amorim.
A comissão executiva da Galp vai passar a ter duas mulheres, Susana Quintana-Plaza e Sofia Tenreiro. A primeira ficará com as áreas das energias renováveis, inovação e tecnologia, enquanto a segunda ficará com o pelouro do marketing. Até agora, comissão executiva da petrolífera, composta por sete elementos, era exclusivamente masculina.
A proposta de composição da nova comissão executiva e do conselho de administração da Galp para o exercício do mandato entre 2019 e 2022, que vai ser proposta aos acionistas na assembleia geral de 12 de abril, foi divulgada esta quarta-feira na CMVM.
Estas duas escolhas fazem parte de um conjunto de mudanças estratégicas e de organização que foram delineadas por Paula Amorim, líder do conselho de administração e maior acionista da Galp. Em termos estratégicos existirá uma alteração de foco com uma aposta forte nas novas tecnologias e nas renováveis.
Daí a escolha de Susana Quintana-Plaza, que foi vice-presidente de tecnologia e inovação da elétrica alemã E.on e que até agora era membro do conselho de supervisão da Wirecard, uma empresa prestadora de serviços financeiros e tecnológicos com sede na Alemanha. Já Sofia Tenreiro chega à Galp proveniente da Cisco, onde era diretora-geral da unidade portuguesa.
No total, os órgãos sociais da Galp irão passar a contar com a presença de cinco mulheres, sendo que mandato terminado em 2018 esse número era apenas três.
Outras da preocupações de Paula Amorim foi a de rejuvenescimento da estrutura de comando da Galp, tanto ao nível da gestão executiva como do conselho de administração, onda a média de idades baixará de forma substancial.
Na proposta aos acionistas, Carlos Gomes da Silva manterá a presidência da comissão executiva composta por sete elementos, enquanto Paula Amorim continuará a liderar o conselho de administração.
Já a Sonangol, uma das acionistas de Esperanza, holding que controla 45% da Amorim Energia, a qual por sua vez detém 33,34% da Galp, irá substituir a sua representante na administração da petrolífera portuguesa. Sai Raquel Vunge e entra Carlos Pinto, que é administrador executivo da Sonangol.
Após ter admitido, numa primeira fase, que poderia vendera sua posição na Galp, para a qual tinha interessados, o governo Angola voltou atrás e considera agora a petrolífera portuguesa como um "ativo estratégico".