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Maior fundo soberano do mundo vai sair das produtoras de petróleo
O governo norueguês aprovou a proposta do fundo soberano da Noruega de desinvestir nas empresas que se dedicam à exploração e produção de petróleo e gás.
Depois de mais de um ano de deliberações, o governo norueguês aprovou esta sexta-feira, 8 de março, a proposta do Norges Bank de sair das empresas que se dedicam à exploração e produção de petróleo e gás.
O "ok" do governo abre assim a porta à alienação de quase 7,5 mil milhões de dólares em ações de empresas classificadas como de "exploração e produção" pelo FTSE Russell, incluindo a Anadarko Petroleum Corp., Chesapeake Energy Corp., Cnooc Ltd. e Tullow Oil Plc.
Fora desta exclusão ficam as petrolíferas integradas – que não se dedicam exclusivamente à exploração e produção, mas também às fases seguintes do processo – como é o caso das gigantes Royal Dutch Shell Plc e Exxon Mobil Corp, e também da portuguesa Galp Energia.
O fundo defende que esta decisão não tem por base uma "avaliação" do setor, mas antes uma decisão estratégica, já que não faz sentido para o maior produtor de petróleo da Europa Ocidental estar duplamente exposto ao risco deste setor: não só através dos seus campos offshore e petrolífera estatal Equinor como dos seus próprios investimentos.
"O objetivo é reduzir a vulnerabilidade da nossa riqueza comum a um declínio permanente do preço do petróleo", disse o ministro das Finanças, Siv Jensen, num comunicado citado pela Bloomberg. "Portanto, faz mais sentido vender empresas que exploram e produzem petróleo e gás, em vez de vender um setor de energia amplamente diversificado".
Quando foi revelada, em novembro de 2017, a proposta abalou os mercados globais, e a sua confirmação está novamente a penalizar o setor.
O índice europeu que reúne as maiores empresas de petróleo e gás desce mais de 1%, enquanto por cá a Galp Energia acentuou a sua descida para 2,47%.
O Norges Bank aumentou no ano passado a sua posição no capital da petrolífera portuguesa para 1,33%, um investimento avaliado em 173,3 milhões de euros.
(Notícia corrigida às 15:26 para esclarecer que o desinvestimento atinge apenas empresas classificadas como de "exploração e produção", o que deixa de fora petrolíferas integradas como é o caso da Galp).
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