Notícia
Cepsa quer avançar este ano com botija de gás social a 18 euros mas espera aval
A Cepsa pretende avançar ainda este ano com o projecto-piloto da botija de gás social, a um preço que rondará os 18 euros por garrafa, mas indicou que aguarda o aval do Governo.
29 de Maio de 2018 às 15:21
A Cepsa informou esta terça-feira estar à espera de aval do Governo para arrancar com o projecto-piloto da botija de gás social, mas espera que a medida avance este ano, a um preço que rondará os 18 euros por garrafa.
"Nós estamos preparados para começar. Temos os sistemas, já comercializamos a botija em Portugal e estamos à espera que o Governo finalize os detalhes administrativos do projecto", disse o presidente da Cepsa em Portugal, Álvaro Díaz Bild.
De acordo com o responsável, que falava aos jornalistas em Lisboa, à margem da apresentação do estudo Cepsa Energy Outlook, com dados sobre as tendências de consumo energético até 2030, encontrar o modelo de funcionamento desta botija de gás social "não é tecnicamente fácil", já que "é necessário definir muitas variáveis para que o sistema seja completo e se possa controlar o negócio".
Presente na ocasião, o director do negócio de gás do grupo Cepsa, Filipe Henriques (na foto), reforçou que a companhia petrolífera sediada em Espanha está "preparada para começar assim que as condições estejam realizadas, em termos da administração portuguesa".
"Nós apresentámos ao Governo português a nossa proposta da garrafa solidária e estamos a definir com o Governo português as normas de actuação para podermos chegar ao mercado", acrescentou o responsável, assinalando que o Executivo está "a definir é qual é o colectivo que vai ter direito à garrafa social", quais os municípios abrangidos, qual o preço e quais as regras de acesso, de forma a "evitar a fraude".
A previsão de Filipe Henriques é que este projecto-piloto avance ainda este ano, seguindo-se um período inicial de teste "que pode demorar cerca de um ano".
"A partir daí, será lançado um concurso público para os diferentes operadores no mercado poderem fazer as suas propostas e continuar com o projecto a nível nacional e não somente nestes municípios que vão servir de piloto", apontou.
Questionado sobre um possível preço por garrafa, Filipe Henriques referiu que o valor "resulta das negociações com o Governo, [que] ainda não estão finalizadas".
"Pensamos que esse preço poderia estar à volta dos 18 euros", precisou.
Já confrontado sobre as diferenças dos preços por botija de gás praticados pela Cepsa entre Portugal e Espanha, Filipe Henriques justificou que estes mercados têm "características completamente diferentes".
"É um mercado competitivo e aberto, o português, enquanto o espanhol está concentrado em dois ou três operadores e que não permite que haja essa concorrência pela dimensão que esses operadores têm e pelo preço que é praticado, resultante da regulação", adiantou.
Em Setembro do ano passado, o PS admitiu criar no país uma tarifa social para o gás de botija, à semelhança do que existe actualmente para os consumidores economicamente vulneráveis da electricidade e do gás natural.
Mais tarde, em Outubro de 2017, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, anunciou que a botija de gás social, dedicada às famílias economicamente vulneráveis, iria avançar este ano através de um projecto-piloto em parceria com a petrolífera espanhola Cepsa.
Esta rede de distribuição do gás solidário terá de ser equacionada juntamente com as autarquias, isto é, terá de ser projectada à margem da tradicional rede de distribuição, enquanto os critérios de atribuição deverão ser semelhantes aos da tarifa social da luz e do gás natural, que actualmente beneficiam cerca de 840 mil famílias.
"Nós estamos preparados para começar. Temos os sistemas, já comercializamos a botija em Portugal e estamos à espera que o Governo finalize os detalhes administrativos do projecto", disse o presidente da Cepsa em Portugal, Álvaro Díaz Bild.
Presente na ocasião, o director do negócio de gás do grupo Cepsa, Filipe Henriques (na foto), reforçou que a companhia petrolífera sediada em Espanha está "preparada para começar assim que as condições estejam realizadas, em termos da administração portuguesa".
"Nós apresentámos ao Governo português a nossa proposta da garrafa solidária e estamos a definir com o Governo português as normas de actuação para podermos chegar ao mercado", acrescentou o responsável, assinalando que o Executivo está "a definir é qual é o colectivo que vai ter direito à garrafa social", quais os municípios abrangidos, qual o preço e quais as regras de acesso, de forma a "evitar a fraude".
A previsão de Filipe Henriques é que este projecto-piloto avance ainda este ano, seguindo-se um período inicial de teste "que pode demorar cerca de um ano".
"A partir daí, será lançado um concurso público para os diferentes operadores no mercado poderem fazer as suas propostas e continuar com o projecto a nível nacional e não somente nestes municípios que vão servir de piloto", apontou.
Questionado sobre um possível preço por garrafa, Filipe Henriques referiu que o valor "resulta das negociações com o Governo, [que] ainda não estão finalizadas".
"Pensamos que esse preço poderia estar à volta dos 18 euros", precisou.
Já confrontado sobre as diferenças dos preços por botija de gás praticados pela Cepsa entre Portugal e Espanha, Filipe Henriques justificou que estes mercados têm "características completamente diferentes".
"É um mercado competitivo e aberto, o português, enquanto o espanhol está concentrado em dois ou três operadores e que não permite que haja essa concorrência pela dimensão que esses operadores têm e pelo preço que é praticado, resultante da regulação", adiantou.
Em Setembro do ano passado, o PS admitiu criar no país uma tarifa social para o gás de botija, à semelhança do que existe actualmente para os consumidores economicamente vulneráveis da electricidade e do gás natural.
Mais tarde, em Outubro de 2017, o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, anunciou que a botija de gás social, dedicada às famílias economicamente vulneráveis, iria avançar este ano através de um projecto-piloto em parceria com a petrolífera espanhola Cepsa.
Esta rede de distribuição do gás solidário terá de ser equacionada juntamente com as autarquias, isto é, terá de ser projectada à margem da tradicional rede de distribuição, enquanto os critérios de atribuição deverão ser semelhantes aos da tarifa social da luz e do gás natural, que actualmente beneficiam cerca de 840 mil famílias.