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CEO da REN não vê "nenhuma vantagem" em que o Estado volte a ser acionista

O presidente executivo da REN considera a atual interação do Estado com a empresa suficiente, pelo que não vê "necessidade" ou "vantagens" na entrada do Estado na estrutura acionista.

Manuel de Almeida/Lusa
12 de Fevereiro de 2019 às 16:46
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Numa altura em que é avançado que o Governo estará a estudar a possibilidade de o Estado voltar a ter uma participação acionista na REN — Redes Energéticas Nacionais, Rodrigo Costa, CEO da REN, afirma que, tendo em conta a interação presente do Estado com a empresa, não vê "nenhuma vantagem" nem "necessidade". Esta possibilidade ainda não terá sido posta à distribuidora oficialmente. 

"Quando olho para este sistema posso afirmar que não vejo nenhuma vantagem em que o Estado volte a ser acionista da empresa", disse Rodrigo Costa, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade, esta terça-feira, 12 de fevereiro. E acrescentou: "não vejo necessidade de haver uma reentrada do Estado na REN".

Questionado acerca das intenções do Estado em adquirir uma participação, Rodrigo Costa afirmou "não ter conhecimento" das mesmas, a não ser através das notícias publicadas sobre o tema.

Rodrigo Costa admitiu que, na altura em que assumiu as atuais funções de gestão na REN, essa era uma hipótese que considerava, mas que abandonou com o avançar do tempo pois a distribuidora é "uma empresa muito especial" na sua relação com o Estado. "O Estado tem controlo total sobre aquilo que nós fazemos, quer a priori ou a posteriori", garantiu.

A sustentar esta visão de larga intervenção do Estado na empresa, Costa apontou que os planos da distribuidora estão sujeitos à aprovação da Secretaria de Estado da Energia e que a remuneração da REN é revista, de três em três anos, pela ERSE e que esta "está longe de ser a mais generosa" a nível europeu.

A notícia de que o Estado estaria interessado na compra de uma participação na distribuidora - a qual foi privatizada em 2012 - foi avançada no passado sábado pelo jornal Expresso. Entre as opções em cima da mesa estaria a compra da posição da Oman Oil, que detém 12% da empresa. O objetivo seria contrabalançar a posição que é atualmente detida pelos chineses da State Grid, que controlam 25% da companhia liderada por Rodrigo Costa.

Numa audição anterior da mesma comissão de inquérito, que recebeu o atual ministro do Trabalho, Vieira da Silva, este defendeu "não ter dúvidas" de que "estrategicamente, teria sido vantajosa a permanência [do Estado] na REN".

(Notícia atualizada às 17h05)


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