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BP regressa aos lucros com 115 milhões de dólares em 2016

A petrolífera voltou a gerar lucros, apesar dos números terem ficado aquém das estimativas. A pesar nos resultados estão os custos relacionados com o derrame no Golfo do México em 2010.

23º Bob Dudley, BP plc
Bloomberg
07 de Fevereiro de 2017 às 09:42
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A BP regressou aos lucros, atingindo os 115 milhões de dólares (108 milhões de euros) em 2016. No ano anterior, a petrolífera registou perdas de 6,5 mil milhões de dólares, o pior registo de sempre na sua história. A pesar nos resultados estiveram os custos relacionados com o derrame no Golfo do México em 2010. Excluindo esta questão, os lucros teriam sido de 4,1 mil milhões de dólares.

No último trimestre do ano, os resultados excluindo itens extraordinários foram de 400 milhões de dólares, o que fica aquém das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que apontam para um resultado de 567,7 milhões. 

Apesar do regresso aos lucros, os custos relacionados com o derrame no Golfo do México em 2010 atingiram os 6,6 mil milhões de dólares (6,1 mil milhões de euros) em 2016.

As vendas atingiram os 183 mil milhões de dólares em 2016, um recuo face aos 222,8 mil milhões de dólares em 2015. Nos Estados Unidos, as vendas recuaram dos 78 mil milhões de dólares para os 68 mil milhões. Fora deste mercado, recuou dos 158 mil milhões de dólares para os 128 mil milhões.

"Em 2016 foi o ano em que demos passos significativos para criar uma plataforma mais forte de crescimento. Lançamos seis grandes novos projectos da Argélia ao Golfo do México e tomámos decisões finais de investimento em cinco grandes projectos e vemos grandes oportunidades à nossa frente", disse em comunicado o presidente executivo da companhia, Bob Dudley.

Analisando o ano de 2016, a companhia aponta que o preço médio do barril de Brent (44 dólares) foi o mais baixo em 12 anos. Até ao final deste ano, a BP espera que o barril de Brent venha a atingir os 60 dólares.

Em 2017, a empresa espera vir a pagar entre 4,5 mil milhões a 5,5 mil milhões de dólares em pagamentos relacionados com o desastre ambiental no Golfo do México.

Em 2018, este valor recua para dois mil milhões de dólares, enquanto em 2019 recua para mil milhões. A factura total ascende agora aos 62,6 mil milhões de dólares.

O investimento da BP deve atingir um valor entre 16 a 17 mil milhões de dólares. Por outro lado, a dívida líquida da empresa atingiu os 35,5 mil milhões de dólares no final de 2016, comparando com os 27,2 mil milhões em 2015.

Em termos de projectos de exploração de hidrocarbonetos, a empresa destaca o acordo com a Kosmos Energy para explorar gás no mar da Mauritânia e do Senegal. Já no Egipto adquiriu uma fatia de 10% no campo de gás de Zohr no Mediterrâneo. No Golfo do México, a produção no projecto de Mad Dog 2 deve arrancar em 2021.

"Com os riscos financeiros do Deepwater Horizon já deixados sustentavelmente para trás, a BP está totalmente focada no seu futuro. Construímos as fundações para a BP regressar ao crescimento", disse Bob Dudley.

As acções da BP estão a ceder 2,85% para 462,95 pence.
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