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BP fica de fora dos primeiros acordos de exploração de petróleo e gás no Irão
A petrolífera britânica optou por não fazer parte dos primeiros acordos com vista à exploração das reservas de petróleo e gás do Irão.
A petrolífera britânica BP decidiu não participar na primeira onda de acordos de exploração das reservas de petróleo e gás do Irão, avança o Financial Times esta segunda-feira, 2 de Janeiro.
O jornal britânico nota que esta decisão da BP a afasta das suas duas principais rivais europeias, a Shell e a Total, duas petrolíferas que resolveram integrar os primeiros acordos para exploração das reservas iranianas desde o levantamento, em 2016, das sanções que pendiam sobre Teerão devido à prossecução do programa nuclear iraniano.
O FT nota que depois de ter firmado uma série de acordos nas últimas semanas com grandes empresas do sector energético, entre as quais as supracitadas Shell e Total, o Irão pretende já no início de 2017 estabelecer novos acordos numa tentativa de assegurar mais investimento estrangeiro.
Apesar de estar intimamente ligada ao Irão – foi a antiga Anglo-Persian Oil a responsável pela primeira descoberta de petróleo no Irão, em 1908 – a BP preferiu adoptar uma posição de maior cautela relativamente a Teerão, em especial numa altura em que se antecipa um agravar de tensão nas relações entre os Estados Unidos e a China assim que Donald Trump tomar posse como presidente norte-americano.
De acordo com fontes anónimas envolvidas no processo citadas pelo FT, a perspectiva de que Trump adopte uma posição dura face a Terrão – isto num momento em que algumas das penalizações económicas aplicadas ao Irão ainda permanecem em vigor – contribui para que a BP tenha optado por algum distanciamento. Até porque a BP é a petrolífera europeia com maior grau de exposição ao mercado norte-americano.