Os investimentos da Galp no Brasil não estão em risco. A garantia foi dada pelo presidente executivo da petrolífera nacional. Carlos Gomes da Silva sublinha que estes activos são considerados intocáveis pela companhia brasileira.

"Os activos em que a Galp está envolvida no Brasil são os activos que têm prioridade para a Petrobras, designadamente o BMS-11", disse o gestor esta segunda-feira, 26 de Outubro, durante a apresentação dos resultados trimestrais da petrolífera.

O bloco BMS-11 é operado em consórcio com a Galp e a Petrobras, com o petróleo a encontrar-se na camada pré-sal nas águas ultra-profundas da bacia de Santos.

"Todo o plano de desenvolvimento que temos perspectivado para o BMS-11 é com base em unidades de produção que ou já estão a produzir, ou já estão a serem construídos para virem a produzir dentro de um ano, dois anos, três anos", destacou.

Segundo as contas da Galp, a petrolífera vai perfurar mais de 250 poços neste bloco até ao final da década. "Esta é uma área que é prioritária e essencial para a Petrobras", garantiu Gomes da Silva.

Em relação ao impacto que a desvalorização do real possa vir a ter nas contas da Galp, o gestor desvalorizou o mesmo, pois a maior parte do investimento da Galp é em dolares, sendo que somente "cerca de 20% do investimento no Brasil é em reais".