Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque

EDP quer baixar exposição ao Brasil para 14% até 2026

Com a OPA da EDP à EDP Brasil, cujo desfecho será conhecido esta terça-feira, a empresa tem planos claros para reformular o seu portefólio de ativos no país, reduzindo a exposição à energia hídrica e térmica, com a venda de barragens e uma central a carvão, e maior aposta no eólico, solar e redes.
Bárbara Silva e Fábio Carvalho da Silva 11 de Julho de 2023 às 16:51

O objetivo salta à vista no novo plano estratégico da EDP para os próximos três anos. De uma contribuição atual de 25% da EDP Brasil para os resultados do grupo, até 2026 a empresa quer reduzir este valor em 11 pontos percentuais, para apenas 14%, ganhando o negócio de redes um maior destaque no país, enquanto a energia hidroelétrica evoluirá em sentido contrário, com a rotação de ativos e a venda de barragens.

O mesmo destino terá a central térmica brasileira do Pecém, que este ano já se traduziu em perdas de 130 milhões de euros com o registo de uma imparidade nas contas de 2022. Em causa estão "incertezas" em relação ao futuro da central a carvão, com 720 MW. A EDP quer ser 100% verde até 2030 e ver-se livre do carvão em 2025, apesar de a central no Ceará ter licença de operação até 2044 e um contrato de venda de energia até 2027.

Mesmo não se tratando de um desinvestimento da EDP no mercado da América Latina, com os analistas brasileiros a argumentarem que a oferta pública de aquisição (OPA) e o possível controlo de 100% da EDP Brasil irá aumentar ainda mais o foco no país, uma coisa é certa: a EDP tem planos claros para reformular o seu portefólio no Brasil, reduzindo a exposição hídrica e térmica, e apostando na energia solar e eólica e no crescimento do negócio regulado de redes.

Ver comentários
Saber mais Complexo solar de Pereira Barreto EDP Brasil EDP Renováveis ActivTrades XTB OPA bolsa Bernardo Viero Suno Research
Outras Notícias
Mais notícias Negócios Premium
+ Negócios Premium
Capa do Jornal
Publicidade
C•Studio