Notícia
Von der Leyen: Portugal já investiu "significativamente" em energia renovável. O desafio são as interligações
Da perspetiva de Von der Leyen, o grande desafio de Portugal na área da energia são as interligações com outros países, não o investimento em renováveis.
18 de Dezembro de 2019 às 10:48
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou hoje o "investimento significativo" feito por Portugal desde 2005 na área da transição energética, notando que este é um dos países europeus mais afetados pelas alterações climáticas.
"Dou-vos o exemplo de Portugal. Portugal é um dos países mais afetados pelas alterações climáticas: tem uma longa costa, tem furacões, cheias e fogos florestais de grande dimensão que já causaram um grande impacto -- no ano passado morreram 60 pessoas", declarou Von der Leyen, numa intervenção na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.
Abordando as conclusões do Conselho Europeu da semana passada, no qual a questão das alterações climáticas esteve em cima da mesa, a presidente do executivo comunitário referiu que "Portugal começou a sua transição para energias limpas em 2005 e investiu de forma significativa desde então".
"Em 2023, [Portugal] irá encerrar a sua última mina de carvão mineral, já tem um excedente de energia renovável e, juntamente com o governo holandês, está a trabalhar e a preparar a energia de hidrogénio verde", elencou.
Por isso, continuou Ursula von der Leyen, "a questão para Portugal é como transportar a sua energia renovável através de Espanha e de França para os outros países onde esta energia é necessária".
"De uma perspetiva portuguesa, o Pacto Ecológico Europeu tem a ver com infraestruturas de energia, com as interligações e com a adaptação às alterações climáticas", adiantou a presidente da Comissão Europeia, numa alusão ao documento apresentado por esta instituição na semana passada.
Nas ações previstas no Pacto -- transversal a vários setores de atividade, da indústria, à mobilidade, passando pela energia e agricultura, entre outros -- incluem-se a proposta de uma tarifa fronteiriça para o carbono em determinados setores, novos regulamentos para a uma construção mais verde e uma estratégia para produção de energia eólica em 'offshore'.
O Pacto Ecológico Europeu prevê ainda que no próximo verão a Comissão avance com um plano abrangente para reduzir em 55% as emissões de gases com efeito de estufa (face aos atuais 50%) até 2030.
Segundo Von der Leyen, na UE, "todos os Estados-membros têm pontos de partida diferentes e diferentes problemas com que se debatem".
"Nós já começámos a trabalhar neste Pacto Ecológico Europeu há meses e, daqui a umas semanas, iremos dar substância a este plano. A tarefa é árdua, mas se estas três instituições [Comissão, Conselho e Parlamento] trabalharem em conjunto, estaremos à altura do desafio", adiantou.
Na cimeira de líderes da semana passada, a quase totalidade dos Estados-membros da UE assumiu como objetivo chegar à neutralidade carbónica em 2050, mas "houve um país que necessitava de mais tempo", observou hoje o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também em plenário na assembleia europeia.
ANE (IG) // FPA
Lusa/Fim
"Dou-vos o exemplo de Portugal. Portugal é um dos países mais afetados pelas alterações climáticas: tem uma longa costa, tem furacões, cheias e fogos florestais de grande dimensão que já causaram um grande impacto -- no ano passado morreram 60 pessoas", declarou Von der Leyen, numa intervenção na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.
"Em 2023, [Portugal] irá encerrar a sua última mina de carvão mineral, já tem um excedente de energia renovável e, juntamente com o governo holandês, está a trabalhar e a preparar a energia de hidrogénio verde", elencou.
Por isso, continuou Ursula von der Leyen, "a questão para Portugal é como transportar a sua energia renovável através de Espanha e de França para os outros países onde esta energia é necessária".
"De uma perspetiva portuguesa, o Pacto Ecológico Europeu tem a ver com infraestruturas de energia, com as interligações e com a adaptação às alterações climáticas", adiantou a presidente da Comissão Europeia, numa alusão ao documento apresentado por esta instituição na semana passada.
Nas ações previstas no Pacto -- transversal a vários setores de atividade, da indústria, à mobilidade, passando pela energia e agricultura, entre outros -- incluem-se a proposta de uma tarifa fronteiriça para o carbono em determinados setores, novos regulamentos para a uma construção mais verde e uma estratégia para produção de energia eólica em 'offshore'.
O Pacto Ecológico Europeu prevê ainda que no próximo verão a Comissão avance com um plano abrangente para reduzir em 55% as emissões de gases com efeito de estufa (face aos atuais 50%) até 2030.
Segundo Von der Leyen, na UE, "todos os Estados-membros têm pontos de partida diferentes e diferentes problemas com que se debatem".
"Nós já começámos a trabalhar neste Pacto Ecológico Europeu há meses e, daqui a umas semanas, iremos dar substância a este plano. A tarefa é árdua, mas se estas três instituições [Comissão, Conselho e Parlamento] trabalharem em conjunto, estaremos à altura do desafio", adiantou.
Na cimeira de líderes da semana passada, a quase totalidade dos Estados-membros da UE assumiu como objetivo chegar à neutralidade carbónica em 2050, mas "houve um país que necessitava de mais tempo", observou hoje o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também em plenário na assembleia europeia.
ANE (IG) // FPA
Lusa/Fim