A Grécia continua a penalizar os resultados do Crédit Agricole. No terceiro trimestre, o motivo para a descida dos resultados foi a venda da unidade grega Emporiki ao Alpha Bank.

O Crédit Agricole registou um prejuízo líquido de 2,85 mil milhões de euros entre Junho e Setembro, comparável com o resultado líquido negativo de 1,88 mil milhões de euros esperado pelas estimativas de economistas compiladas pela Bloomberg. Nos nove meses até Setembro, o prejuízo líquido está em 2,5 mil milhões de euros.

No comunicado de resultados, disponível no site, é indicado que o prejuízo do banco, segundo maior accionista do BES, sofreu um impacto de 1,6 mil milhões de euros, devido ao acordo assinado para a venda do Emporiki ao Alpha Bank, fechado em Outubro. O banco já tinha avisado que o acordo teria este efeito nos resultados.

Sem estes elementos específicos (reavaliação da dívida e a venda do Emporiki), o resultado da instituição liderada por Jean-Paul Chifflet teria sido positivo, na ordem dos 716 milhões de euros, diz o banco.

O Crédit Agricole apresentou uma queda de 31,9% do produto bancário, o resultado gerado pela sua actividade, para os 3,4 mil milhões de euros, enquanto os custos de exploração deslizaram 0,5%. O resultado bruto de exploração deslizou 80,3% para 389 milhões de euros no terceiro trimestre, um recuo que, sem os elementos específicos que o banco refere, teria sido apenas de 8,2%.

A instituição financeira gaulesa, que além de 10,8% do BES marca presença em Portugal através da financeira Credibom, salienta o “desempenho notável pelas caixas regionais e uma melhoria dos rácios de solvabilidade”. O rácio Core Tier 1, que mede a solidez financeira do banco, estava em 11,3%.