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Urbanos mantém interesse "em acompanhar" privatização dos CTT

O presidente da Urbanos, Alfredo Casimiro, disse esta quinta-feira que o grupo continua a estar interessado em acompanhar a privatização dos Correios, mas admite que terá de pensar caso não detenha uma posição maioritária.

Sara Matos/Negócios
10 de Outubro de 2013 às 17:59
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Alfredo Casimiro falava à Lusa depois de o Conselho de Ministros ter aprovado as condições da Oferta Pública de Venda (OPV) e o caderno de encargos da venda directa institucional dos CTT - Correios de Portugal.

 

"O nosso interesse em acompanhar a privatização no início da semana é igual ao de agora. O modelo sem OPV era claramente mais atractivo, mas não deixamos de olhar para o 'dossier' e ver qual a percentagem para IPO [Oferta Pública Inicial - dispersão em bolsa] e a percentagem para o modelo particular", disse o presidente da Urbanos.

 

Já na segunda-feira tinha avançado à Lusa que o grupo ia concorrer à privatização dos CTT, em parceria com a Shuaa Capital (banco de investimento com base no Dubai), oferecendo entre 500 e 600 milhões de euros pela totalidade da empresa.

 

Alfredo Casimiro reforçou ainda que o grupo vai continuar a analisar como será o preço, a evolução do processo, as decisões do Governo e as condições do negócio.

 

"Se ficarmos com posição maioritária temos interesse, se não depende, vamos ter de pensar e rever", adiantou contudo o responsável.

 

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a Parpública fica autorizada a alienar um número de acções representativas de uma percentagem de "até 70% do capital social" dos CTT, através de OPV no mercado nacional e "venda directa a um conjunto de instituições financeiras, que ficam obrigadas a proceder à subsequente dispersão das acções nos mercados de capitais".

 

Do conjunto de acções destinado à OPV, um lote representativo de até 5% do capital será reservado à aquisição por trabalhadores.

 

O Conselho de Ministros aprovou também a constituição da comissão especial de acompanhamento da privatização dos CTT, que vai "apoiar tecnicamente o processo" e "garantir a cabal observância dos princípios da transparência, do rigor, da isenção, da imparcialidade e da melhor defesa do interesse público".

 

Os membros desta comissão serão nomeados por despacho, nos termos da lei-quadro das privatizações.

 

O secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações afirmou, na quarta-feira, que a privatização dos CTT através da dispersão em bolsa era "o cenário central" que o Governo estava a trabalhar, mas referiu que ainda não havia "confirmação oficial".

 

O Diário Económico noticiou na segunda-feira que, além do Grupo Urbanos, estão na corrida à privatização dos CTT os Correios do Brasil, o Grupo Rangel, aliado ao Montepio Geral, o empresário Paulo Fernandes, o fundo Apax Partners Private Equity Investment Group Fund e "outros dois/três fundos de investimento".

 

 

 

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