Notícia
Grupo Rangel e Montepio desistem dos CTT
O presidente do grupo Rangel adiantou ao Negócios que com a opção pela venda em bolsa "não faz sentido" avançar para a compra da empresa.
"Não queremos ir à OPV [Oferta Pública de Venda]. Não faz sentido para nós". Eduardo Rangel, presidente do grupo Rangel, adiantou ao Negócios que o consórcio que tinha com o Montepio para a compra dos CTT não vai entrar na corrida aos 70% que o Governo vai dispersar em bolsa.
"O Governo fica com 30% e vai controlar os correios. Mesmo vendendo [essa posição] no futuro nunca ninguém terá uma posição maioritária na empresa", lamentou Eduardo Rangel. O presidente do grupo logístico detalhou que a proposta que tinha apresentado para os CTT rondava os 600 milhões de euros (o preço de referência) e que "podia ainda subir um bocadinho mais".
"Temos pena porque tinhamos um plano para os CTT", disse Eduardo Rangel.
O Governo decidiu esta quinta-feira em Conselho de Ministros avançar com a dispersão em bolsa de 70% da empresa através de uma OPV e de venda directa a investidores institucionais, mas que depois terão que dispersar as acções em bolsa.