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TV Tel vai custar cerca de 100 milhões

O preço base para a compra da TV Tel por parte da PT Multimédia e CaixaBI é de perto de 100 milhões de euros, anunciou hoje José Pedro Pereira da Costa, administrador financeiro da Multimédia.

17 de Janeiro de 2008 às 17:04
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O preço base para a compra da TV Tel por parte da PT Multimédia e CaixaBI é de perto de 100 milhões de euros, anunciou hoje José Pedro Pereira da Costa, administrador financeiro da Multimédia.

O múltiplo aplicado de 12 vezes o EBITDA dá um valor para o negócio de cerca de 96 milhões de euros, a que acresce 20 milhões pelas infra-estruturas que a TVTel estava a construir na Grande Lisboa. Mas será descontada a dívida que a TVTel tem de 20 milhões de euros, o que dá um negócio de perto de 100 milhões de euros, explicou o responsável, num encontro com a comunicação social, depois de a administração ter realizado o Dia do Investidor, onde estiveram presentes cerca de 80 pessoas.

"A nossa grande aposta é o crescimento orgânico, mas estamos atentos a operações que nos permitam andar mais depressa". Foi assim que Rodrigo Costa, presidente da Multimédia explicou a compra da TVTel. A Multimédia está ainda em processo de compra das operadoras de cabo de Joe Berardo, a Bragatel, a Pluricanal Leiria e Aveiro, cujo processo está à espera de luz verde da Autoridade da Concorrência.

Quanto à participação do CaixaBI neste negócio, Rodrigo Costa explicou-a pela importância, nestes negócios, de se proteger o vendedor, para o caso de a operação sofrer algum revés de nível regulatório.

"São bons complementos", declarou. Salientou em particular o valor acrescentado que a TV Tel vai permitir, na medida em que esta operadora tem um projecto de fibra óptica na Grande Lisboa. As duas operações adicionam 5% a 6% do mercado de cabo à PTM.

Sobre co-investimento de todos os operadores na instalação de uma rede única de nova geração, Rodrigo Costa considera que "a iniciativa [de discutir co-investimento] tem mérito" mas é "céptico em relação à capacidade de entendimento sobre a fórmula para gerir esse tipo de infra-estrutura. É algo exequível mas que exige grande maturidade entre os intervenientes", concluiu.

Por várias vezes, Rodrigo Costa salientou que o plano da empresa é de crescimento orgânico, embora haja "operações a que estamos atentos para adquirir".

Internacionalmente, a PTM garante estar a trabalhar apenas na internacionalização ao nível dos conteúdos. E confirmou a hipótese de entendimento com a Visabeira para as operações de televisão por cabo em Angola e Moçambique, tal como o Jornal de Negócios tinha avançado. "Já conversámos sobre isso".

O mesmo responsável escusou-se a fazer qualquer declaração sobre a Sonaecom e o público interesse desta operadora em conversar com a PTM com vista a uma possível fusão.

No dia do Investidor, a PTMultimédia anunciou um pacote de remuneração accionista significativo. Rodrigo Costa compromete-se a um pagamento progressivo de dividendos ordinários, estando sempre dependentes do cash flow disponível e das oportunidades de investimento. Com as aquisições e dividendos, a dívida ficará perto de duas vezes o EBITDA.

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