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Trabalhadores "perdem" 23 minutos após cada interrupção

Um estudo da consultora Mercer mostra as dificuldades de concentração devido ao excesso de informação e o impacto das distracções com os dispositivos móveis.

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Abril de 2016 às 15:21
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Um em cada quatro minutos de trabalho é passado em dispositivos móveis, como "smartphones" ou "tablets", que são verificados pelos trabalhadores mais de 150 vezes por dia. O cálculo consta de um relatório da Mercer sobre as alterações no mundo do trabalho, em que é estimado também que 57% das interrupções são causadas pela alternância entre aplicações.

 

E depois de cada interrupção, cada trabalhador ainda demora, em média, cerca de 23 minutos a concentrar as atenções no trabalho que estava a executar. O "multitasking" é uma tendência no mercado actual, mas isso faz com que não chega sequer aos três minutos o tempo médio em que os trabalhadores estão a prestar atenção exclusiva a uma determinada tarefa.

 

No relatório "A Workforce Tsunami is Approaching" é sublinhada a confusão dos trabalhadores entre produtividade e uso excessivo de tecnologia, assim como a dificuldade provocada pela quantidade de informação disponível ao nível da filtragem dos conteúdos que são realmente importantes e úteis.

 

O consultor da área "Talent" da Mercer, José Pedro Sousa, diagnostica numa nota à imprensa que "a pressão para a produtividade é cada vez maior e origina elevados níveis de stress e esgotamento laboral que, por sua vez, resultam na queda desta mesma produtividade, problemas de saúde, absentismo, aumento das taxas de rotatividade e falta de compromisso".

 

O emprego permanente e a tempo inteiro também será uma raridade, prevendo 83% das empresas inquiridas que até ao final da década vão depender em exclusivo de contratos parciais e temporários. Os profissionais mais jovens parecem ser os mais bem preparados: 9 em cada 10 nem esperam ficar na mesma empresa por mais de três anos e 70% antevê passar a trabalhar por conta própria se sentir que não é valorizado ou apoiado pelo chefe.

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