Notícia
Trabalhadores da Navigator exigem negociações sérias para melhoria de carreira
Um ano e três meses depois de terem feito uma greve de quatro dias que, segundo fonte sindical, paralisou as três fábricas produtoras de papel, é agora a vez de as ORT, em comunicado, denunciarem a "forma tendenciosa como a administração relatou factos ocorridos durante as reuniões de negociação do Plano de Carreiras Profissionais".
21 de Fevereiro de 2021 às 16:29
As organizações representantes dos trabalhadores (ORT) da Navigator exigiram hoje à administração negociações sérias para um acordo sobre o novo Plano de Carreiras Profissionais e recusam segregar os trabalhadores provenientes das empresas Papers e Pulps.
Um ano e três meses depois de terem feito uma greve de quatro dias que, segundo fonte sindical, paralisou as três fábricas produtoras de papel, é agora a vez de as ORT, em comunicado, denunciarem a "forma tendenciosa como a administração relatou factos ocorridos durante as reuniões de negociação do Plano de Carreiras Profissionais".
Sublinhando que as "ORT não deram o seu aval nem estabeleceram acordo nenhum em nenhuma matéria" com a administração, acusam os representantes patronais de terem "rompido as negociações", para assim manter "um instrumento de desvalorização profissional e estagnação salarial dos trabalhadores".
"Só depois de uma greve, em novembro de 2019, a administração aceitou criar uma comissão paritária para negociar um novo Plano de Carreiras. Agora, quer mais uma vez fugir à negociação, procurando aplicar (e incluir no Acordo de Empresa) um Plano de Carreiras incompleto e coxo", acusam.
À Lusa, a 12 de novembro de 2019, a Federação Intersindical das Indústrias (Fiequimetal) esclareceu que a greve de quatro dias estava relacionada com a negociação de um regulamento de carreiras para todos os trabalhadores.
Para as ORT, no grupo Navigator, "a geração dos trabalhadores vindos da Soporcel e da Portucel está a dar lugar, a passos largos, à geração das Papers e Pulps".
"Para os senhores da administração, os trabalhadores da Soporcel e Portucel são uns privilegiados e não têm motivos para reivindicar. Já os trabalhadores das Papers e Pulps terão de se conformar com a ideia de que jamais alcançarão os salários e regalias daqueles seus colegas", acrescenta o comunicado.
Acusando a administração de "pretender aumentar ainda mais a rentabilidade e os lucros" com "custos de trabalho (salários) muito mais baixos", as ORT acrescentam que os "patrões da Navigator querem manter os critérios que provocaram a estagnação da carreira dos trabalhadores da Soporcel e Portucel e que, além disso, têm sido um travão na evolução dos novos trabalhadores".
"As ORT apelam à administração para retomar o diálogo, deixando claro que para um acordo final global é imprescindível a discussão e negociação dos critérios de evolução, da tabela salarial e da medida anti-estagnação", sublinham.
No comunicado, as ORT apelam à união de todos, lembrando que "quem tem o saber de pôr a Navigator nos mais altos patamares do mundo, também quer ser justamente recompensado por isso".
A Lusa tentou uma reação da Navigator, sem sucesso.
Um ano e três meses depois de terem feito uma greve de quatro dias que, segundo fonte sindical, paralisou as três fábricas produtoras de papel, é agora a vez de as ORT, em comunicado, denunciarem a "forma tendenciosa como a administração relatou factos ocorridos durante as reuniões de negociação do Plano de Carreiras Profissionais".
"Só depois de uma greve, em novembro de 2019, a administração aceitou criar uma comissão paritária para negociar um novo Plano de Carreiras. Agora, quer mais uma vez fugir à negociação, procurando aplicar (e incluir no Acordo de Empresa) um Plano de Carreiras incompleto e coxo", acusam.
À Lusa, a 12 de novembro de 2019, a Federação Intersindical das Indústrias (Fiequimetal) esclareceu que a greve de quatro dias estava relacionada com a negociação de um regulamento de carreiras para todos os trabalhadores.
Para as ORT, no grupo Navigator, "a geração dos trabalhadores vindos da Soporcel e da Portucel está a dar lugar, a passos largos, à geração das Papers e Pulps".
"Para os senhores da administração, os trabalhadores da Soporcel e Portucel são uns privilegiados e não têm motivos para reivindicar. Já os trabalhadores das Papers e Pulps terão de se conformar com a ideia de que jamais alcançarão os salários e regalias daqueles seus colegas", acrescenta o comunicado.
Acusando a administração de "pretender aumentar ainda mais a rentabilidade e os lucros" com "custos de trabalho (salários) muito mais baixos", as ORT acrescentam que os "patrões da Navigator querem manter os critérios que provocaram a estagnação da carreira dos trabalhadores da Soporcel e Portucel e que, além disso, têm sido um travão na evolução dos novos trabalhadores".
"As ORT apelam à administração para retomar o diálogo, deixando claro que para um acordo final global é imprescindível a discussão e negociação dos critérios de evolução, da tabela salarial e da medida anti-estagnação", sublinham.
No comunicado, as ORT apelam à união de todos, lembrando que "quem tem o saber de pôr a Navigator nos mais altos patamares do mundo, também quer ser justamente recompensado por isso".
A Lusa tentou uma reação da Navigator, sem sucesso.