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Trabalhadores da distribuição iniciam "ações de luta" por revisão do contrato colectivo

Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) realizou esta segunda-feira a primeira de "muitas" ações de luta" que promete para os próximos meses contra o bloqueio da negociação do contrato coletivo de trabalho.

D.R.
12 de Fevereiro de 2024 às 19:40
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Os trabalhadores das empresas de distribuição levaram, esta segunda-feira, uma das "muitas ações de luta" previstas para os "próximos meses" pela negociação do contrato colectivo de trabalho, bloqueada desde 2016.

A "caravana de plenários" realizada, esta segunda-feira, nos armazéns Sonae/Worten na Azambuja, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) e contou com a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

Ao Negócios, Orlando Gonçalves, do CESP, explica que esta foi a primeira de muitas iniciativas "semanais" que vão ter lugar "nos próximos meses", "por todo o país", por ser "completamente inaceitável" que a negociação do contrato colectivo de trabalho "continue a ser bloqueada" pela APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição), razão, aliás, que levou a uma greve no Natal.

A revisão do contrato colectivo de trabalho vai ser reivindicada à porta da APED, mas também junto das empresas de grande distribuição, com Orlando Gonçalves que vai "haver muita informação a denunciar o que se passa, também para que os clientes saibam o que se passa". "As empresas continuam a ter grandes lucros", enquanto os trabalhadores "têm baixos salários", lamenta o mesmo responsável.

Orlando Gonçalves diz ser urgente a valorização das carreiras, já que desapareceram, uma vez que "todas atingiram o salário mínimo nacional". "Como é que os trabalhadores se podem sentir valorizados se é igual terem 1, 5 ou 10o anos de casa?", questiona, embora reconheça que "há empresas que pagam acima".

Além da revisão do contrato coletivo de trabalho, os trabalhadores reivindicam aumentos salariais. Em concreto, pediram 100 euros de aumento para todos em 2023, um valor que "acaba por estar já desatualizado".

O representante do CESP não descarta, aliás, a possibilidade de novas greves: "Se não houver nada, com o tempo e o descontentamento, certamente chegaremos a outras ações de luta".
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