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Terceira empresa luxemburguesa do Grupo Espírito Santo em falência

Depois do Espírito Santo Financial Group e da Esfil, foi a vez de a Espírito Santo International ter o fim decretado no Luxemburgo. A Rioforte ainda contesta a manutenção da actividade.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Novembro de 2014 às 16:28
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Há mais uma empresa do Grupo Espírito Santo em situação de falência. A Espírito Santo International deixou de proceder a pagamentos e já não recebe crédito. Algo que foi comunicado pelo Tribunal do Comércio do Luxemburgo no final da semana passada.

 

Foi uma insolvência a pedido. A ESI, que controlava a sociedade que domina os activos não financeiros do GES, declarou ter cessado os pagamentos e afirmou não ser capaz de obter mais crédito. O tribunal nomeou Karin Guillaume como a juíza responsável pelo acompanhamento da insolvência, sendo que Alain Rukvina e Paul Laplume são os curadores.


A decisão, tomada a 27 de Outubro, foi comunicada na sexta-feira passada. É a terceira empresa do GES a seguir este caminho. O Espírito Santo Financial Group e a Espírito Santo Financière (Esfil) já o tinham traçado. Todas viram rejeitados os pedidos para a entrada em gestão controlada, ou seja, um regime que permite a protecção face a acções de credores. A Rioforte também teve a mesma indicação mas a sociedade contestou essa decisão.

 

Os credores da sociedade insolvente serão "ressarcidos pelo produto da liquidação integral do património do devedor, que será realizada da forma mais célere possível", afirmou a ESI em comunicado, depois de rejeitada a "gestion contrôlée" pelo sistema judicial luxemburguês.

 

Neste momento, a ESI vai entrar em insolvência mas o seu principal activo – a Rioforte – não está no mesmo caminho. Foi na ESI que começou o descalabro do Grupo Espírito Santo. A 20 de Maio, o Banco Espírito Santo revelou, no prospecto do aumento de capital que queria realizar, que a auditoria do Banco de Portugal à ESI tinha identificado "irregularidades nas contas". Falava-se em "situação financeira grave". Também se falava, numa outra auditoria, em "irregularidades materialmente relevantes nas contas da ESI". Uma dessas irregularidades era dívida não contabilizada.  

 

Do GES, várias "holdings" estão em insolvência. O ESFG, a Esfil e a ESI começam esse caminho no Luxemburgo, sendo que em Portugal o ESFG Portugal também está num processo idêntico. O Banque Privée está em processo de insolvência na Suíça. O mesmo acontece no Dubai com o ES Bankers. No Panamá,o ES Bank foi intervencionado pelo regulador.

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