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Tem uma ideia de negócio de impacto social ou ambiental? O +Plus oferece meio milhão
Estão abertas as candidaturas à segunda edição do programa de investimento promovido pela Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Trata-se de um fundo filantrópico para projetos em fase inicial.
GoParity, MyPolis, Manicómio, Mentora Health, DiVERGE, Music Seeds, Rural Invest, MAD Panda, Maria e Beat the Butt foram as dez empresas escolhidas pela Casa do Impacto, no ano passado, para receberem um investimento de 435 mil euros através da primeira edição do +Plus, um fundo filantrópico de apoio a soluções inovadoras de impacto social ou ambiental.
Para a edição de 2021, cujo prazo de candidatura decorre até 30 de novembro, o Plus+ tem mais 500 mil euros para investir em soluções em fase inicial de implementação ou já implementadas por startups de impacto.
"Num ano em que os problemas sociais e desigualdades se agravam, por força do impacto da pandemia, torna-se ainda mais importante apostar em projetos que possam responder aos desafios para a retoma social e económica do país, sem nunca esquecer a emergência climática e a transição verde, área que queremos também alavancar através do programa +Plus", adianta Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, em comunicado.
"Para conseguirmos potenciar projetos de resposta eficaz, vamos centrar-nos naqueles que já têm provas dadas de exequibilidade e alguns resultados palpáveis", sublinha a responsável, sobre as ambições para a segunda edição do +Plus.
"Para além do apoio financeiro ajustado à necessidade de cada solução, que é realizado por parcelas mediante a apresentação de resultados ao longo de dois anos (investimento por resultados)", este programa "também oferece apoio não-financeiro, nomeadamente um acompanhamento individualizado pela equipa da Casa do Impacto, ‘experts’ e parceiros, para a implementação no mercado, escalabilidade e demonstração do impacto".
As soluções candidatas já devem ter sido previamente validadas através de um teste ou projeto-piloto que demonstre que é exequível e viável enquanto produto, serviço ou processo, devendo ainda enquadrar-se num dos eixos de apoio do +Plus de acordo com o seu grau de maturidade.
No eixo "+Testing", destinado a soluções que ainda não foram implementadas, ou estão numa fase inicial de implementação, cada uma poderá receber um investimento do +Plus até ao valor máximo de 50 mil euros.
Já para o eixo "+Scaling" apenas podem candidatar-se pessoas coletivas que procurem a expansão das soluções inovadoras que já foram implementadas no mercado com resultados comprovados e que pretendem escalar o seu impacto, estando o limite de investimento do +Plus neste eixo fixado em 100 mil euros.
Após 30 de novembro, a Casa do Impacto dará início à fase de pré-seleção das soluções. As escolhidas irão passar por um "bootcamp" de dois dias para a preparação para a fase final, que consiste na apresentação de "pitch" perante um painel de jurados, a realizar-se em janeiro próximo.
"O potencial de impacto social e ambiental das soluções, a exequibilidade, a consistência do modelo de negócio e o perfil da equipa/candidato serão os principais critérios para a seleção", sinaliza a Casa do Impacto, um "hub" dinamizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa que tem como missão impulsionar uma nova geração de empreendedores que estão a desenvolver modelos de negócio com impacto social e ambiental positivo, alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.
Trata-se de um espaço que integra escritórios de startups de impacto, formação, "cowork", experimentação e investimento.