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Tecnológicas portuguesas moderam aumentos salariais em 2015

Os profissionais das vendas são os únicos a escapar ao abrandamento da subida nos ordenados, em comparação com o ano anterior. Estudo mostra que só 23% das empresas do sector atribuem incentivos de longo prazo.

27 de Julho de 2015 às 18:16
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Os incrementos salariais nas empresas tecnológicas portuguesas vão sofrer uma diminuição em todos os grupos funcionais, à excepção da categoria de "profissionais de vendas", em comparação com o ano passado, mostra o estudo "Total Compensation Hi-Tech/Telecommunications Portugal 2015", realizado pela consultora Mercer e divulgado esta segunda-feira, 27 de Julho.

 

O aumento de 1,88% previsto para as funções comerciais em 2015 é o único que está acima da percentagem atribuída no ano passado (1,73%). No entanto, esta não é a função que merece a maior progressão salarial: em média, os "profissionais não vendas", ou seja, os outros quadros técnicos, terão uma melhoria salarial percentualmente mais elevada (1,93%), acima do que merecerão, por exemplo, os quadros de direcção (0,55%) ou as chefias intermédias (1,5%).

 

"Os incrementos salariais encontram-se mais alinhados e consistentes a nível geográfico, por sectores de actividade e níveis funcionais. Este comportamento é induzido por um nível histórico de inflação baixa, sustentada por políticas monetárias comuns (…). No que se refere a incrementos salariais por grupos funcionais em Portugal, tem-se observado que, dentro das organizações, tendem a tornar-se cada vez mais uniformes e indiferenciados, factor que surge em linha com as tendências gerais do mercado", analisou Tiago Borges, responsável da área de estudos de mercado da Mercer Iberia.

 

A partir de entrevistas a 12 mil colaboradores de 34 empresas presentes no mercado português conclui-se que os "resultados da organização" (93%) surgem como o factor mais preponderante na atribuição de aumentos salariais, seguido da inflação (68%) e do desempenho individual (61%). Por outro lado, a antiguidade e o nível funcional são os que menos influenciam a melhoria no ordenado.

 

Num estudo em que a maioria (64%) das tecnológicas portuguesas indica que prevê manter o seu efectivo de colaboradores – 29% estima aumentá-lo e apenas 7% admite reduzi-lo –, mantendo assim a tendência do último estudo, quase todas (93%) atribuem um bónus anual a todos os funcionários e três em cada quatro pagam um incentivo de vendas mensal ou trimestral a quem trabalha na área comercial. Já os incentivos a longo prazo só são utilizados por 23% das empresas inquiridas pela consultora e incidem nas funções de maior responsabilidade.

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