Os salários dos portugueses que trabalham na indústria terão subido, em média, 1,8% em 2014 e deverão voltar a subir 2% em 2015, sugerem estudos realizados pela consultora Towers Watson junto de uma amostra de 160 empresas portuguesas.

"As previsões para o crescimento dos salários estão em linha com os das principais economias da Zona Euro", mas os estudos "mostram que as empresas portuguesas ainda estão muito cautelosas na concessão de aumentos salariais, embora a baixa (ou, inclusivamente, negativa) taxa de inflação compense os baixos aumentos salariais esperados e permite aumentos reais", refere a consultora em comunicado enviado às redacções.

No salário base, os maiores crescimentos verificaram-se nos colaboradores com responsabilidade de gestão, ao nível de directores de primeira linha. Em média, estes profissionais viram o seu salário base crescer mais 6% do que em 2013. Esse crescimento chega a atingir 20%, uma vez que foram os mais penalizados em anos anteriores. A acompanhar esta tendência de crescimentos estão os profissionais de vendas.

A respeito da remuneração variável verificou-se um decréscimo nas carreiras de gestão, mas sobretudo nos colaboradores supervisores e directores em início de carreira. Os profissionais mais seniores mantiveram os níveis de remuneração variável que, no topo das suas carreiras,  chega a representar cerca de 20% a 30% da remuneração base. Já contabilistas, assessores jurídicos, especialistas de marketing, técnicos de recursos humanos sentiram um ligeiro decréscimo na sua remuneração variável face a 2013, enquanto as funções técnicas de suporte ao negócio não sentiram variações, à excepção dos técnicos mais séniores que terão sidos os únicos a sentir uma evolução positiva na ordem dos 6% face a 2013.