Notícia
Suspensa greve na Silopor. Trabalhadores aguardam proposta de revisão salarial
O Ministério da Agricultura e da Alimentação garantiu, na terça-feira, estar a acompanhar "com atenção" a situação da Silopor, adiantando que, até então, não tinha registo de falta de abastecimento de bens alimentares.
15 de Fevereiro de 2023 às 13:08
A greve na Silopor - Empresa de Silos Portuários ao trabalho em horas extraordinárias, convocada até final de fevereiro, foi esta quarta-feira suspensa e os trabalhadores aguardam uma proposta da empresa para revisão da tabela salarial, disse o sindicato.
"[A greve] foi suspensa, uma vez que o Governo autorizou a comissão liquidatária a negociar com o sindicato a revisão do acordo de empresa", disse à Lusa Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
Segundo a dirigente sindical, o sindicato tinha garantido que, após aquela autorização, daria tempo à empresa para ponderar sobre a proposta a apresentar aos trabalhadores.
"Tal como se comprometeram, os trabalhadores vão aguardar que a empresa possa apresentar uma proposta para a revisão da tabela salarial", vincou Célia Lopes.
O Ministério da Agricultura e da Alimentação garantiu, na terça-feira, estar a acompanhar "com atenção" a situação da Silopor, adiantando que, até então, não tinha registo de falta de abastecimento de bens alimentares.
As organizações que representam o comércio e indústria alimentar alertaram, também na terça-feira, para que a greve na Silopor estava a "ameaçar" o abastecimento alimentar, culpando um despacho da ex-secretária de Estado Alexandra Reis pela paralisação, segundo um comunicado.
"O facto de acontecer na sequência da greve dos trabalhadores das administrações portuárias agrava o acesso da fileira agroalimentar a matérias-primas essenciais para a produção de leite, pão, carne e ovos", avisaram, destacando que "as instituições representativas destes setores preconizam um novo aumento de preços e a rutura pontual do abastecimento destes produtos em alguns locais de venda".
As associações ACICO (Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas), APIM (Associação Portuguesa da Indústria de Moagem), IACA (Associação Portuguesa dos Industriais dos Alimentos Compostos para Animais), FEPASA (Federação Portuguesa das Associações Avícolas) e FPAS (Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores) disseram, ainda, que "esta greve tem origem numa decisão da ex-secretária de Estado [do Tesouro], Alexandra Reis, que colocou em vigor um despacho que impede o aumento dos trabalhadores das empresas de capitais públicos em liquidação, situação em que se encontra a Silopor há mais de vinte anos".
Segundo estas entidades, "a revogação da medida em causa representa" um impacto "de, sensivelmente, 7.000 euros por mês".
"A greve em curso desde o início do mês já está a provocar atrasos na descarga de grandes navios de cereais importados, dos quais Portugal depende em mais de 80% para o abastecimento da sua indústria para a alimentação humana e animal. O impacto para os importadores é de cerca de 50.000 euros por cada dia de atraso", alertaram na altura.
"[A greve] foi suspensa, uma vez que o Governo autorizou a comissão liquidatária a negociar com o sindicato a revisão do acordo de empresa", disse à Lusa Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).
"Tal como se comprometeram, os trabalhadores vão aguardar que a empresa possa apresentar uma proposta para a revisão da tabela salarial", vincou Célia Lopes.
O Ministério da Agricultura e da Alimentação garantiu, na terça-feira, estar a acompanhar "com atenção" a situação da Silopor, adiantando que, até então, não tinha registo de falta de abastecimento de bens alimentares.
As organizações que representam o comércio e indústria alimentar alertaram, também na terça-feira, para que a greve na Silopor estava a "ameaçar" o abastecimento alimentar, culpando um despacho da ex-secretária de Estado Alexandra Reis pela paralisação, segundo um comunicado.
"O facto de acontecer na sequência da greve dos trabalhadores das administrações portuárias agrava o acesso da fileira agroalimentar a matérias-primas essenciais para a produção de leite, pão, carne e ovos", avisaram, destacando que "as instituições representativas destes setores preconizam um novo aumento de preços e a rutura pontual do abastecimento destes produtos em alguns locais de venda".
As associações ACICO (Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas), APIM (Associação Portuguesa da Indústria de Moagem), IACA (Associação Portuguesa dos Industriais dos Alimentos Compostos para Animais), FEPASA (Federação Portuguesa das Associações Avícolas) e FPAS (Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores) disseram, ainda, que "esta greve tem origem numa decisão da ex-secretária de Estado [do Tesouro], Alexandra Reis, que colocou em vigor um despacho que impede o aumento dos trabalhadores das empresas de capitais públicos em liquidação, situação em que se encontra a Silopor há mais de vinte anos".
Segundo estas entidades, "a revogação da medida em causa representa" um impacto "de, sensivelmente, 7.000 euros por mês".
"A greve em curso desde o início do mês já está a provocar atrasos na descarga de grandes navios de cereais importados, dos quais Portugal depende em mais de 80% para o abastecimento da sua indústria para a alimentação humana e animal. O impacto para os importadores é de cerca de 50.000 euros por cada dia de atraso", alertaram na altura.