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Standard & Poor’s elogia gestão de Ulrich e sobe notação da dívida
A agência de notação Standard & Poor’s melhorou hoje o “rating” de longo prazo do BPI, após o falhanço na OPA do BCP. O BPI passa a ter uma notação de dívida idêntica à do rival BCP, num estudo onde a agência faz rasgados elogios à gestão de Fernando Ulri
A agência de notação Standard & Poor’s melhorou hoje o "rating" de longo prazo do BPI, após o falhanço na OPA do BCP. O BPI passa a ter uma notação de dívida idêntica à do rival BCP, num estudo onde a agência faz rasgados elogios à gestão de Fernando Ulrich: "o BPI é um dos bancos portugueses mais flexíveis e mais inovadores".
A Standard & Poor’s (S&P) aumentou hoje a qualidade da dívida do Banco BPI [BPIN] a longo prazo de "A-" para "A", em reacção ao fim da oferta pública de aquisição (OPA) do Banco Comercial Português (BCP) [BCP].
Numa sessão de apuramento dos resultados, a Euronext Lisbon confirmou hoje que apenas 3,93% do capital do BPI aceitou vender na OPA, uma percentagem muito aquém dos 82,5% propostos pelo BCP e que poderiam garantir o sucesso da operação.
Com a alteração da notação, o BPI passa a ter uma qualidade de dívida de longo prazo idêntica à do BCP, embora para a instituição liderada por Paulo Teixeira Pinto o "outlook" continue a ser "positivo". Para o Banco BPI, o "rating" passou a ter um "outlook" "estável".
A equipa de analistas liderada por Jesus Martinez afirma que esta melhoria na notação do BPI reflecte, entre outros, "a melhoria do perfil financeiro do banco e um historial sólido em termos de qualidade dos activos".
Martinez diz que, "sob uma gestão competente, o BPI está a executar com sucesso a sua estratégia de crescimento, tendo-se tornado num dos bancos mais flexíveis e mais inovadores" do sistema financeiro português.
A S&P afirma que o Plano de Negócios apresentado pelo banco para os próximos cinco anos – uma resposta à OPA do BCP – está em linha com o desempenho do BPI nos últimos anos.
"O desempenho operacional do BPI tem melhorado nos últimos anos, igualando os pares da banca nacional, e esperamos que o Plano de Negócios mantenha esta tendência de melhoria", diz a S&P.
Este desempenho, segundo Jesus Martinez, tem sido suportado "pela diversificação das fonte de receitas, pela eficiência operacional e, desde 2005, pelo menor do custo de crédito".
A contribuição do mercado angolano para os lucros do BPI também mereceu uma referência no estudo da S&P, embora a agência alerte para a volatilidade dessa contribuição.
As acções do BPI estão a negociar em subida de 1,12% para os 6,30 euros.