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Trump escolhe Lutnick para pasta do Comércio

O CEO da Cantor Fitzgerald estava a ser considerado para o Tesouro, mas acabou por ser nomeado para uma pasta onde terá um papel relevante na aplicação das políticas tarifárias da nova administração.

19 de Novembro de 2024 às 19:44
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O nome escolhido pelo presidente-eleito dos EUA para secretário do Comércio é o de Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald, confirmou Donald Trump numa publicação na sua rede social, a Truth Social.

Lutnick era um dos principais candidatos a ocupar a pasta do Tesouro, mas acabou por ser nomeado para tutelar o Comércio, onde deverá ter um papel importante na aplicação das politicas tarifárias defendidas por Trump, visando parceiros comerciais como a UE e a China.

O multimilionário, de 63 anos, presidente executivo de uma das principais empresas de serviços financeiros dos EUA, é um dos maiores apoiantes de Trump em Wall Street e tem coliderado a equipa de transição da Casa Branca.

Lutnick é presença frequente na residência privada de Trump em Mar-a-Lago, na Florida, onde tem sido decisivo no processo de escolha dos nomeados para a próxima administração.

Trump refere no anúncio de nomeação que Lutnick construiu um "sistema e processo sofisticado" para compor o novo governo e elogiou-o por ser "uma força dinâmica em Wall Street".

Contudo, a disputa com outros potenciais candidatos à pasta do Tesouro fez com que Lutnick, apesar de ter sido recomendado por Elon Musk para o cargo, fosse nomeado para a secretaria do Comércio, onde ainda terá de ser confirmado pelo Senado.

Durante a campanha, Lutnick defendeu entusiasticamente a imposição de tarifas pelos EUA, apesar das críticas de economistas que alertaram para os custos das guerras comerciais e o potencial efeito inflacionista sobre os produtos importados pelos EUA.

Um veterano de Wall Street, Lutnick também é conhecido pelo papel que teve no pós-11 de setembro, que vitimou mais de 600 funcionários da Cantor Fitzgerald, incluindo o seu irmão. O CEO liderou a recuperação da firma, que doou dezenas de milhões de dólares às famílias das vítimas.

        

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