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Vladimir Putin muda lei e permite uso alargado de armas nucleares

O presidente russo já tinha referido essa possibilidade em setembro e agora concretizou. A assinatura do decreto ocorre quando se assinalam mil dias da invasão da Ucrânia.

PAVEL BYRKIN/SPUTNIK/KREMLIN POOL
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Dias depois de Joe Biden ter tomado uma decisão há muito esperada, permitindo o uso de mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos norte pelas forças ucranianas, o presidente russo Vladimir Putin respondeu esta terça-feira com uma alteração à doutrina nuclear russa para expandir o uso de armas nucleares em caso de ataque a território russo.

Numa nota publicada online e citada pela Bloomberg, é dito que a Rússia verá qualquer agressão contra o país ou aliados por um Estado não-nuclear, mas apoiado por uma potência nuclear, como um ataque conjunto. A mudança da lei vem na sequência de uma promessa já feita pelo presidente russo em setembro.

O porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov confirmou a alteração. "A Federação Russa retém o direito de utilizar armas nucleares em caso de agressão com armas convencionais contra ela" que represente uma "ameaça crítica à soberania ou à integridade territorial", afirmou Peskov, de acordo com o serviço de notícias estatal Tass.

Putin tem avisado os Estados Unidos e respetivos aliados europeus que permitir ataques a solo russo através de armas de longo-alcance ocidentais levaria a que os dois lados entrassem em conflito direto.

Ainda na manhã desta terça-feira, que marca o milésimo dia de guerra, a Ucrânia terá levado a cabo o primeiro ataque com o sistema de mísseis de longo alcance norte-americanos tendo como alvo solo russo na região da fronteira, de acordo com a RBC Ukraine, que cita fonte oficial das forças armadas do país.

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