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Sonae promete manter dívida "confortável" e investimento "agressivo"

"Continuaremos com uma gestão conservadora do nosso balanço e, simultaneamente, uma aposta agressiva em termos de investimento", garantiu Luís Filipe Reis, CCCO da Sonae, ao Negócios. O grupo investiu 202 milhões de euros e cortou 30 milhões à dívida até Setembro,

O CaixaBI recomenda 'comprar' as acções da Sonae, uma cotada que tem no retalho alimentar a sua principal fonte de valor. Nesta unidade as margens estão a ser pressionadas pelo mercado doméstico embora seja de esperar um contributo positivo da recuperação da economia portuguesa.
Ângelo Paupério e Paulo Azevedo, os co-CEO da Sonae Paulo Duarte
16 de Novembro de 2017 às 09:51
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Com o respaldo de um nível de dívida "confortável", que levou um corte de 30 milhões de euros em 2017, a Sonae investiu 202 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano e promete que vai manter ambas as tendências. "Continuaremos com uma gestão conservadora do nosso balanço e, simultaneamente, uma aposta agressiva em termos de investimento", avançou Luís Reis, "chief corporate center officer" (CCCO) do grupo Sonae, em declarações ao Negócios.

 

"Temos uma muito forte solidez financeira, o que nos permite explorar oportunidades de crescimento, pelo que é com elevado grau de probabilidade que o nível de investimento se mantenha ou até possa aumentar", acrescentou o mesmo gestor. Um esforço de dimensão global: "Já chegámos aos 90 países e até Setembro já criámos mais de três mil postos de trabalho, na sua vasta maioria em Portugal", enfatizou Luís Reis.

 

O grupo co-liderado por Paulo Azevedo e Ângelo Paupério fechou os primeiros nove meses deste ano com lucros de 133 milhões de euros, o que traduz uma queda homóloga de 2,9% que é explicada pelos ganhos não recorrentes registados há um ano, fruto sobretudo de operações de "sale and leaseback". Sem este impacto extraordinário, "a evolução do resultado líquido da Sonae teria sido claramente positiva", destaca a empresa em comunicado.

 

Até Setembro, a Sonae registou um volume de negócios de 4,1 mil milhões de euros, mais 6,9% do que em igual período do ano passado, "impulsionado pelo desempenho de todos os negócios" do grupo. O retalho alimentar continua a ser, de longe, o maior contribuinte para o volume de vendas do grupo, tendo ultrapassado os quatro mil milhões de euros, mais 6,6% do que há um ano. No caso do retalho alimentar, a facturação da Sonae MC aumentou 4,8% até Setembro, superando os 2,8 mil milhões de euros.

 

Entretanto, depois de em Agosto passado ter acusado a concorrência do negócio principal do grupo de exercer "uma pressão promocional muito forte", que estaria "em níveis pouco razoáveis", Reis garante agora que "o mercado está estável". Segundo o CCCO da Sonae, "não houve nenhuma intensificação dessa pressão promocional no terceiro trimestre". Actualmente, 45% dos produtos são vendidos em promoção. 

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