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Sonae lidera investimento de 7,3 milhões numa construtora de avatares

A tecnológica Didimo, que se apresenta como líder no desenvolvimento de humanos digitais de alta fidelidade, tem escritórios em Portugal (Leça da Palmeira), Estados Unidos e Reino Unido.

11 de Outubro de 2022 às 13:03
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Nascida há 45 anos em Buenos Aires, cresceu na Argentina mas é junto ao Porto que sediou a sua família e entrou na aventura empresarial de criar réplicas digitais de humanos.

 

Licenciada em Engenharia de Software pela Universidade de Belgrano, em Buenos Aires, mestre em desenvolvimento de videojogos pela Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona, tendo completado o doutoramento em Ciência da Computação e Comunicação Digital, na Universidade da Catalunha, Veronica Orvalho, filha de pai português, dedica-se ao estudo das "ciências das caras" há quase duas décadas.

 

A partir de Leça da Palmeira, Matosinhos, no Polo do Mar do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, a sua Didimo utiliza "deep tech" para transformar fotografias 2D em avatares humanos 3D realistas em 60 segundos.

 

Depois de ter captado mais de 7,2 milhões de euros em injecções de capital nos últimos anos, a Didimo acaba de fechar uma ronda de financiamento série A de 7,15 milhões de dólares (7,3 milhões de euros) para "criar o futuro dos avatares no metaverso".


Apresentando-se como "startup líder no desenvolvimento de humanos digitais de alta fidelidade", a Didimo anunciou que esta ronda de financiamento foi liderada pela Armilar Venture Partners (a capital de risco que tem a Sonae como principal investidora), e com a participação da Bright Pixel Capital (o braço de investimento tecnológico da Sonae), a Portugal Ventures e a Techstars.

 

Com escritórios em Portugal, Estados Unidos e Reino Unido, a Didimo "irá utilizar o capital para impulsionar o crescimento comercial e global, bem como desenvolver opções adicionais de apoio aos clientes", revela a empresa, em comunicado, esta terça-feira, 11 de Outubro.

Já a Nos, que tem a Sonae como principal accionista, garante que esta ronda de investimento – a qual, de acordo com as suas contas, se fixou em 6,8 milhões de euros - foi co-liderada pelo seu Fundo NOS 5G, que é gerido pela Armilar Venture Partners.

 

"Jogar ao lado e frente-a-frente com o Cristiano Ronaldo ou Tom Brady"

 

"Com a crescente aposta no metaverso, videojogos e experiências digitais imersivas, a Didimo ganhou, mais uma vez, a confiança dos investidores, com a capacidade de gerar um gémeo digital baseado num ser humano, que pode ser utilizado por criadores, marcas e consumidores nestas novas experiências imersivas", enfatiza a startup.

 

"Jogar ao lado e frente-a-frente com o Cristiano Ronaldo ou Tom Brady é possível através da tecnologia patenteada, que pode ser utilizada por programadores e organizações para transformar rostos 2D em versões digitais 3D das pessoas. Deste modo, qualquer um pode interagir com os seus ídolos em videojogos, concertos virtuais ou experimentar roupa em ‘websites’", sublinha a Didimo.

 

A startup liderada por Veronica Orvalho afiança que actualmente "é capaz de consolidar numa única plataforma um processo complexo de criação de avatares em 3D, em cerca de 60 segundos", o que "permite a qualquer empresa transformar uma fotografia numa versão 3D de uma pessoa".

 

Na era da digitalização, humanos digitais, " tais como os criados pela Didimo, são fundamentais na procura por novas formas de estabelecer ligações com clientes. O uso de avatares realistas permite às organizações transformar os seus serviços, experiências e benefícios de modo a impulsionar receitas e aumentar a lealdade", sintetiza.

 

"A missão da Didimo sempre foi tornar o mundo digital mais humano, ao trazer a riqueza do envolvimento pessoal e da personalização às experiências. Podemos capacitar as pessoas a fazer nos espaços digitais o que fazem no mundo real de forma natural, como experimentar roupas, explorar produtos, competir num jogo ou entreter amigos. A nossa tecnologia é sinónimo do envolvimento de pessoas com o digital da forma mais humana e autêntica possível", afirma a fundadora e CEO da Didimo.

 

"Acompanhamos o trabalho da Didimo há alguns anos e assistimos à rápida evolução desta tecnologia, desde as suas raízes académicas moldadas ao longo de vários anos de investigação e desenvolvimento, até chegar a um produto empresarial que oferece um método de envolvimento novo, centrado nas pessoas", começa por afirmar Pedro Ribeiro Santos, partner na Armilar Venture Capital.

 

O que é que motivou o novo investimento da Armilar nesta startup? "Acreditamos que o produto representa uma oportunidade enorme, uma vez que as empresas procuram formas escaláveis para acrescentar valor - e obter maiores receitas - a partir da sua base de clientes, estimulando a atração de utilizadores, o seu envolvimento e a sua retenção", explica o gestor.

 

Para além dos gémeos digitais personalizados para o utilizador, a plataforma da Didimo gera "non-playable characters" (NPCs) e personagens realistas em velocidade e em escala, "com o objetivo de ajudar os estúdios e os designers experientes a povoar rapidamente os seus mundos com personagens de alta qualidade".

 

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