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Carlos & Carlos. Ex-homens Sonae criam a 33N para investir 150 milhões

Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva saíram da Sonae IM para criar uma capital de risco, em parceria com a espanhola Alantra e com sede no Porto, focada no investimento em empresas de cibersegurança na Europa, Israel e Estados Unidos.

Os sócios Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva (primeiro e segundo a contar da direita, na foto), acompanhados por Margarida Correia e Gonçalo Borges, também da 33N Ventures.
13 de Outubro de 2022 às 12:02
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Após quase nove anos como administrador da Sonae IM (atual Bright Pixel Capital), o braço de investimento tecnológico do grupo liderado por Cláudia Azevedo, Carlos Alberto Silva saiu do universo Sonae para pedalar a sua própria bicicleta empresarial.

 

Juntamente com Carlos Moreira da Silva, outro alto quadro da Sonae IM, onde estava desde 2015, a dupla conhecida como Carlos & Carlos firmou uma parceria com a Alantra, gestora de ativos de origem espanhola, para lançar uma nova capital de risco – a 33N Ventures.

 

Com sede no Porto, a 33N está a levantar 150 milhões de euros para a criação do seu primeiro fundo, que vai investir em empresas de cibersegurança na Europa, Israel e Estados Unidos.

 

O fundo irá focar-se em investimentos nas séries A e B, com um "ticket" médio de cerca de 10 milhões de euros, arrancando com "uma capacidade de investimento de 20 milhões já comprometida pela Alantra e os seus parceiros estratégicos", avança a 33N, esta quinta-feira, 13 de outubro, em comunicado.

"A 33N oferece uma abordagem pan-europeia e israelita  única e é capaz de cobrir todo o ciclo de vida do investimento com a agilidade e apoio ativo que os fundadores esperam", afiança Carlos Moreira da Silva, cofundador e sócio-gerente da 33N Ventures.

"Trabalhamos juntos há vários anos, e estamos a lançar a 33N totalmente formada", enfatiza Carlos Moreira da Silva, referindo-se ao seu sócio Carlos Alberto Silva.

 

"Estamos prontos para investir desde o primeiro dia - estamos à procura de negócios de alto crescimento, escaláveis com potencial global, tecnologia comprovada e receitas existentes - e, de facto, já estamos a explorar ativamente várias oportunidades de investimento", sinaliza.

Ao serviço da Sonae, Carlos & Carlos "fizeram mais de 20 investimentos em software de cibersegurança e infraestruturas nos últimos 10 anos, em toda a Europa, Israel e Estados Unidos – incluindo, muito especialmente, a Arctic Wolf, o unicórnio de cibersegurança fundado em 2012 pelo ex-CEO da Blue Coat Systems, Brian NeSmith", tendo também "concluído

várias saídas, incluindo uma para a Thales e outra para a Qualcomm, ambas em 2022".

 

Aos dois sócios-fundadores da 33N juntaram-se três colegas, com quem trabalharam na Sonae IM, "para formar uma equipa de cinco pessoas prontas para o lançamento".

Mercado da cibersegurança vale 165 mil milhões de euros

"Estamos convencidos de que – com o forte conhecimento desta indústria e histórico da nossa equipa, com a nossa rede fundadora de alta qualidade e com o apoio da Alantra neste novo empreendimento –, a 33N pode tornar-se um ‘player’ líder no ecossistema de ‘venture capital’ europeu e israelita", salienta, por sua vez, Carlos Alberto Silva.

 

"Sendo a transformação digital segura uma prioridade máxima para governos, instituições, empresas e investidores em todo o mundo, a oportunidade neste espaço é enorme", conclui.

 

De acordo com a 33N, é expectável que "o mercado da cibersegurança venha a atingir mais de 160 mil milhões de dólares [cerca de 165 mil milhões de euros] em 2022, com um crescimento anual robusto de dois dígitos previsto para os próximos anos, à medida que as oportunidades de investimento cresçam a um ritmo acelerado".

"Mas a Europa precisa urgentemente de fundos mais especializados – que possam oferecer não só investimento mas também conhecimentos operacionais e de crescimento – para ajudar as empresas em fase de arranque e de expansão a competir no palco global com as suas homólogas norte-americanas e israelitas. É isso que a 33N está aqui para fornecer", remata Carlos Alberto Silva.

Paralelo 33 atravessa Estados Unidos, Portugal e Israel

Para a Alantra, a parceria com os dois Carlos na 33N "representa mais um passo no caminho do crescimento da sua prática pan-europeia altamente especializada de capital de risco", considerando que "a 33N acrescenta às estratégias de capital de risco existentes da empresa em transição energética (Klima) e ciências da vida (Asabys), onde possui atualmente aproximadamente 400 milhões de euros em ativos sob gestão".

 

"Estamos muito contentes por termos feito esta parceria com a reputação e as capacidades de Carlos Alberto Silva e Carlos Moreira da Silva, que concluíram mais de 20 investimentos em empresas de software e serviços de cibersegurança e infraestruturas na Europa, Israel e Estados Unidos durante a última década", realça Jacobo Llanza, CEO da Alantra Asset Management.

 

"Além disso, este anúncio representa mais um novo marco no plano da Alantra de desenvolver um negócio de gestão de activos pan-europeu, diversificado e altamente especializado", e que "aumentará ainda mais a nossa exposição a estratégias de capital de risco altamente especializadas", acrescenta Llanza.

 

De resto, a 33N adianta que "é também apoiada por uma rede global de empresários líderes, especialistas e decisores de cibersegurança em todos os setores, incluindo Brian NeSmith (Arctic Wolf)), Eyal Hayardeny (Reblaze), Nuno Sebastião (Feedzai), e Pierre Polette (Hackuity), todos fundadores dos anteriores portefólios da equipa".

E porquê 33N? Simples: o paralelo a 33 graus a norte do plano equatorial terreste atravessa os Estados Unidos, Portugal (a ilha de Porto Santo) e Israel!



(Notícia atualizada às 12:21)

 

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