A Soares da Costa está optimista relativamente à capacidade de melhorar os resultados líquidos obtidos em 2006. No ano passado, a construtora liderada por Manuel Fino obteve lucros de 5,8 milhões de euros e perspectiva superar esta fasquia já neste exercício.

"Sem optimismo excessivo, mas com a convicção resultante do sucesso alcançado no exercício findo, perspectiva-se em 2007, em confirmação da bondade e adequação dos métodos de gestão implementados, poder superar o nível de resultados líquidos atingidos no ano findo", refere a empresa no relatório e contas de 2006, ontem divulgado.

A empresa liderada por Manuel Fino encerrou 2006 com um resultado líquido de 5,8 milhões de euros, cerca de 14 vezes o lucro obtido no exercício anterior, com o volume de negócios a aumentar ligeiramente, 1,54%, para 562,3 milhões de euros.

"Com o ambiente do sector e a quebra verificada nas promoções lançadas no ano findo do ponto de vista do investimento público, não se espera no mercado interno uma evolução muito diferente em 2007 relativamente ao constatado em 2006", refere a empresa.

"Perspectivando a compensação dessa quebra no mercado das obras públicas com alguma recuperação no segmento das obras privadas, e considerando o dinamismo verificado nos mercado externos onde estamos implementados, as projecções existentes apontam para um crescimento moderado do volume de negócios, que se pode cifrar em 590 milhões de euros, com cerca de 60% proveniente de actividades no exterior do país".

Tal como no ano passado, a Sociedade de Construções Soares da Costa continuará a ser o maior contribuinte para a formação deste objectivo de volume de negócios, representando cerca de dois terços do total.

O Grupo Soares da Costa prevê para as subsidiárias nos Estados Unidos uma "cifra perto dos 100 milhões de euros, o que conjuntamente com a construtora e as subsidiárias em países lusófonos (Moçambique e São Tomé e Príncipe) possibilitará a obtenção de um volume de negócios consolidado da área da construção na ordem dos 510 milhões".

Para a área da Indústria que, segundo a empresa sofre "as consequências da estreiteza do mercado interno", o Grupo espera vir a atingir "cerca de 70 milhões de euros, com a componente externa da Clear Angola a contribuir com cerca de 40%".

As acções da Soares da Costa [sco] seguem em alta na sessão de hoje, avançando 0,49% para os 2,06 euros.