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Serviços públicos «online» disponíveis em Portugal estão abaixo da média europeia

Portugal afastou-se da média da União Europeia no que respeita à disponibilização «online» de serviços públicos. Em 2001, Portugal liderava com um nível de sofisticação de 51%, face a 45% registados na média europeia, de acordo com o quinto estudo elabora

10 de Março de 2005 às 15:29
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Portugal afastou-se da média da União Europeia no que respeita à disponibilização «online» de serviços públicos. Em 2001, Portugal liderava com um nível de sofisticação de 51%, face a 45% registados na média europeia, de acordo com o quinto estudo elaborado pela Capgemini.

«Apesar do nível de evolução dos serviços ‘online’ em Portugal ter aumentado em 2004, a verdade é que o nosso país tem vindo a afastar-se da média europeia depois de, em 2001, ter apresentado resultados acima da média europeia (51% em nível de sofisticação face aos 45% da média europeia, e 32% em total de disponibilidade dos serviços em oposição aos 20% da Europa dos 15, Noruega, Islândia e Suíça)» segundo a mesma fonte.

Em 2004, Portugal ascendeu aos 68% em nível de sofisticação, o que comprara com os 72% registados pela UE15 mais a Noruega, a Islândia e a Suíça.

«A total disponibilidade em termos comparativos já apresenta uma variação menor, de apenas 7% (Portugal tem 40% e a média Europeia tem 47%)», de acordo com a Capgemini.

Quando comparados os níveis de 2001, altura em que saio o primeiro estudo, com os do último ano, Portugal verificou uma evolução positiva de 17% de sofisticação, o que fica abaixo dos 27% registados na Europa. «Esta diferença acentua-se ainda mais no que respeita à total disponibilidade, em que a variação da média da UE15+3 (+27%) é quase três vezes superior à variação de Portugal (+8%)».

«O estudo deste ano confirma a tendência identificada nos anos anteriores, em como no nosso país, os serviços públicos disponíveis na Internet dirigidos às empresas apresentam um maior desenvolvimento face aos que se destinam aos cidadãos», segundo o mesmo estudo.

«Além da entrega das declarações de IVA e IRC por via electrónica, o registo de empresas também já pode ser feito parcialmente através da Internet. Nos serviços destinados aos cidadãos, a maioria apenas permite a consulta de informações on-line sobre procedimentos e a impressão dos formulários, não existindo ainda a possibilidade de completar o processo por via electrónica».

Segundo o administrador delegado da Capgemini em Portugal, Paulo Morgado, «e-Government em Portugal só deverá caminhar para níveis de sofisticação superiores e maior abrangência de serviços, quando forem implementadas 4 medidas fundamentais: detecção e priorização das necessidades dos cidadãos e empresas; optimização dos processos transversais da administração pública; integração de sistemas entre as várias entidades da administração pública; claro programa de implementação liderado por organismo transversal da administração pública com os poderes suficientes para o efeito».

Em relação ao futuro do «e-Government» na Europa, a Capgemini prevê que «o crescimento na sofisticação on-line (tal como a completa interactividade dos serviços) irá nivelar-se nos próximos anos», com base nos estudos.

Quando comparado o primeiro estudo com o último a Islândia e a Alemanha foram os países que registaram maiores evoluções, com aumentos de 20% e 15%, respectivamente.

«O estudo examinou 14 mil sites em 28 países: os 25 Estados-membros, a Noruega, a Islândia e a Suíça. A Suécia é o país mais avançado no que respeita aos serviços públicos on-line, com a Áustria num segundo lugar muito próximo».

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