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Serviços e comércio têm acesso a linhas de crédito a partir de quarta-feira

A partir da próxima semana, deverão ser lançados mais 1.200 milhões de euros para apoiar as empresas de comércio e serviços.

Mário Cruz/Lusa
06 de Abril de 2020 às 22:13
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As empresas dos setores do comércio e serviços, até agora excluídas das linhas de crédito de 3 mil milhões de euros lançadas pelo Governo, vão passar a ter acesso a estas linhas a partir de quarta-feira. O anúncio foi feito pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, que avançou ainda que, na próxima semana, deverão ser disponibilizados 1.200 milhões de euros de crédito adicional especificamente para estas empresas.

A decisão de alargamento das linhas de crédito é tomada depois de, este domingo, a Comissão Europeia ter dado autorização ao Governo português para avançar com apoios estatais no valor de 13 mil milhões de euros. Este aval de Bruxelas permite que sejam lançadas linhas de crédito que passarão a abranger outros setores ainda não incluídos nas atuais linhas.

"A autorização da Comissão Europeia é para que o Estado possam aprovar garantias a linhas de crédito até ao montante total de 13 mil milhões para todos os setores da atividade económica", começou por explicar Pedro Siza Vieira. "O que já decidimos é que, a partir de quarta-feira, passarão a ter acesso às linhas já lançadas as empresas de comércio, serviços, transportes de mercadorias e de passageiros, entre outras", acrescentou o ministro.

Com a autorização de Bruxelas, o Governo irá, nas próximas semanas avançar com novos instrumentos para responder às necessidades que surgirem. "Viremos, sucessivamente, alargando o valor das linhas de crédito à medida que as empresas vão mostrando necessidade dessas medidas", referiu Siza Vieira.

Já na próxima semana, detalhou ainda, o montante das linhas já disponíveis será aumentado em 1.200 milhões de euros, que será canalizado especificamente para as empresas de comércio e serviços. "Mas temos margem para irmos alargando o crédito disponível", ressalvou o ministro.

As linhas de 3 mil milhões de euros, disponíveis para serem subscritas junto dos bancos aderentes desde o início da semana passada, já receberam 299 pedidos de financiamento, num total de 90 milhões de euros. Para já, não há dados sobre as operações que terão sido aprovadas.
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