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Sem energia, nova-iorquinos carregam telefones com moedas

O furacão Sandy obrigou habitantes de bairros em Nova Iorque onde ainda não foi restabelecida a energia eléctrica, a voltar a usar cabines telefónicas. À falta de energia para carregar a bateria do telefone, carregam-se de moedas as cabines telefónicas.

05 de Novembro de 2012 às 16:16
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Sem energia para recarregar a bateria dos seus telemóveis, muitos nova-iorquinos aprenderam, ou voltaram a aprender, a utilizar os telefones públicos por que passam diariamente.

A utilização de cabines telefónicas em Nova Iorque atingiu um nível que já não se verificava desde o ataque às torres gémeas do dia 11 de Setembro de 2001 e dos apagões de 2003, refere o “The Wall Street Journal” (“WSJ”). Na origem do fenómeno está a demora em restabelecer a energia eléctrica em partes da cidade, depois de o furacão Sandy ter destruído algumas infra-estruturas da cidade.

Muitos nova-iorquinos que tiveram de voltar a recorrer a cabines telefónicas nem sabiam como trabalhar com elas. O “WSJ” entrevista Alison Caporimo, que aos 24 anos está mais familiarizada com a tecnologia que se encontra em “smartphones” do que com o sistema de telefones públicos da cidade.

“Perdi muitas moedas”, disse Alison ao jornal norte-americano, que passou a reparar na localização de cabines telefónicas desde que perdeu o acesso a energia eléctrica desde o furacão de segunda-feira passada. “Miraculosamente passámos a vê-las em todo o lado”, acrescentou.

Os desastres naturais tendem a impulsionar a utilização de telefones públicos, refere o “WSJ”. As estruturas robustas, tipicamente situadas com alguma altura do solo e, muitas vezes, protegidos por estruturas de vidro, tendem a resistir às intempéries e a manter-se em funcionamento quando outras infra-estruturas falham.

Por isso os operadores de cabines telefónicas não estranharam o aumento da procura que se tem verificado nos últimos tempos, com pessoas a aguardarem à chuva a sua vez de fazer uma chamada. “Durante desastres, às vezes temos de recolher as moedas diariamente”, disse Thomas Keene ao “WSJ”.
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