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Lucros do Santander Totta registam quebra de 50% no semestre
O Santander Totta fechou o primeiro semestre do ano com uma quebra de 50% dos seus lucros, num período em que a margem comercial e o produto bancário diminuíram.
O resultado líquido do Santander Totta diminuiu 50,6% para 30,9 milhões de euros, nos primeiros seis meses do ano, de acordo com o comunicado emitido esta quarta-feira pelo banco. Contudo, analisado os dados cadeia, o Santander Totta duplicou os lucros para 20,7 milhões de euros no segudno trimestre quando comparado com os primeiros três meses do ano.
A contribuir para a descida dos resultados semestrais esteve a queda de 22,7% do produto bancário e da actividade de seguros para 435 milhões de euros, sendo que todas as componentes desta rubrica contribuíram para este comportamento. A margem financeira caiu 11,8%, as comissões diminuíram 6,6% e a actividade de seguros desceu 67,7%. O banco explica parte desta redução com o facto de no primeiro trimestre de 2012 se ter registado um ganho não recorrente “com a operação de recompra de títulos emitidos no âmbito de operações de securitização de créditos.”
O banco verificou ainda uma queda de 4,7% no crédito concedido para um total de 27,8 mil milhões de euros, com o segmento de empresas a ser o mais penalizado, registando uma quebra de 6,3% para 9,9 mil milhões de euros. Já ao nível das famílias a descida total foi de 3,5% para 17,48 mil milhões de euros, com o segmento do consumo a registar a maior quebra (5,6%).
Já o recurso de clientes registou uma descida de 1,5% para 25,9 mil milhões de euros, penalizado essencialmente por dois segmentos: o de seguros e o de passivos representados por títulos colocados junto de clientes. Contudo, o banco liderado por António Vieira Monteiro conseguiu captar mais depósitos, tendo registado um aumento de 1% para 19,55 mil milhões de euros.
A instituição terminou o semestre com um rácio Core Tier One de 13,3%, superando as metas fixadas pelo Banco de Portugal.
O Santander Totta adianta ainda que a sua dependência do Banco Central Europeu (BCE) fixou-se nos 5,5 mil milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 400 milhões de euros, face ao mesmo período do ano passado. Já quando comparado com os primeiros três meses do ano, o banco aumentou em cerca de 1,6 mil milhões de euros “traduzindo essencialmente o vencimento de uma emissão de obrigações hipotecárias no valor de mil milhões de euros.”
(Notícia actualizada às 12h29 com mais informação)