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Ryanair quer manter preços apesar de pagar mais 100 milhões a pilotos
A Ryanair prevê pagar mais 100 milhões aos pilotos, por ano, o que traz pressão adicional para os custos da companhia aérea de baixo custo. Mas o presidente executivo assegura que os preços não vão mexer.
A Ryanair "não prevê subir preços". A afirmação é do presidente executivo, Michael O’Leary, numa conferência de imprensa com jornalistas, em Madrid, que decorreu esta terça-feira, 13 de Fevereiro.
A companhia aérea irlandesa tem, neste momento, um custo anual pela frente com remunerações que não tinha até aqui: mais 100 milhões de euros ao ano para pagar aos pilotos. O que coloca pressão nos custos da companhia.
Só em Espanha, a companhia aérea está em conversações para subir em cerca de 20% o salário dos pilotos, na sequência do acordo com sindicatos, segundo relata a imprensa espanhola.
Foi no final do ano passado que, depois de protestos, a Ryanair assumiu que iria reconhecer os sindicatos de pilotos na Alemanha, Espanha, Irlanda, Itália, Reino Unido e Portugal como interlocutores, estando em conversações específicas com cada representação sindical. O que se seguiu a um ano em que foi notícia a fuga de pilotos para empresas concorrentes.
É na totalidade destes países que o encargo anual ascende a 100 milhões de euros. Só que o líder assegurou, no evento desta terça-feira, que quer manter a Ryanair como a companhia mas barata do mercado e que não haverá mudanças nas tarifas praticadas pela empresa de baixo custo.