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Ryanair compra participação maioritária em companhia austríaca para concorrer com Lufthansa

A transportadora aérea low-cost vai adquirir uma participação maioritária na austríaca Laudamotion, formada após a insolvência da companhia Niki. O objectivo é concorrer directamente com a transportadora alemã de bandeira Lufthansa.

7 - Ryanair
Bloomberg / Reuters / Getty Images
Ana Laranjeiro alaranjeiro@negocios.pt 20 de Março de 2018 às 11:30

A transportadora aérea low-cost Ryanair concordou em adquirir uma participação maioritária na companhia aérea austríaca Laudamotion, que nasceu depois da Niki ter entrado em insolvência. A companhia irlandesa low-cost acordou adquirir, inicialmente, 24,9% da Laudamotion. Essa participação vai aumentar para os 75% "o mais rápido possível", de acordo com o comunicado da Ryanair, citado pela Reuters. Esta operação exige a aprovação dos reguladores europeus.

A firma irlandesa pretende alugar seis aviões da empresa austríaca para aumentar a sua frota, para um total de 21 aeronaves, já este Verão. O objectivo é atingir os 30 aviões nos próximos três anos. A Niki, que esteve na origem desta empresa, faz a ligação entre vários pontos na Áustria e na Alemanha e foi considerada, avança a Reuters, como o activo mais atraente da insolvente Air Berlin. Este crescimento da Ryanair nesta parte da Europa pode servir para concorrer directamente com a principal transportadora aérea germânica, a Lufthansa.

"Esta parceria com a Laudamotion é uma boa notícia para os consumidores/visitantes da Áustria e Alemanha, que anseiam por uma concorrência real, mais opção de escolha e tarifas mais baixas", disse Michael O'Leary, CEO da Ryanair, em comunicado, citado pela agência de informação.

John Strickland, consultor para a área da aviação, disse à Reuters que "esta jogada surpreendente da Ryanair vai ser exactamente aquilo que a Lufthansa não esperava". "Apesar dos efeitos de consolidação da aquisição maioritária da Air Berlin (segundo a qual a Lufthansa adquiriu muitos activos, mas não a Niki), eles vão enfrentar não apenas um crescimento da capacidade da Ryanair na Alemanha mas agora também uma influência [da Ryanair] significativa na Áustria", acrescentou.

Em Outubro do ano passado, a Lufthansa revelou que ia pagar 1.500 milhões de euros pela compra de activos da insolvente Air Berlin. O grupo chegou a acordo para garantir 81 aviões e três mil dos oito mil funcionários da Air Berlin.

Também naquela altura, a Easyjet e a Air Berlin fecharam um acordo para a venda de alguns activos. A Easyjet vai compara activos da Air Berlin no aeroporto Tegel, em Berlim, que inclui slots de aterragem (período em que os aviões podem aterrar), bem como os contratos de leasing de 25 aviões A320.

A Air Berlin, que pediu insolvência em Agosto de 2017 depois de o seu principal accionista, a Etihad Airways, ter deixado de fornecer apoio financeiro, já tinha vendido, no início de Outubro, alguns activos à Lufthansa pelo montante de 1.500 milhões de euros.

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