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Resultados líquidos do BES sobem 12,3% e superam estimativas (act2)

Os resultados líquidos do Banco Espírito Santo subiram 12,3% em 2002, atingindo os 222,1 milhões de euros, acima das estimativas dos analistas e beneficiando do corte de custos superior às previsões do banco.

05 de Fevereiro de 2003 às 11:01
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(actualiza com mais informação, gráfico e tabelas)

Os resultados líquidos do Banco Espírito Santo subiram 12,3% em 2002, atingindo os 222,1 milhões de euros, acima das estimativas dos analistas e beneficiando do corte de custos superior às previsões do banco.

Em 2001 os lucros do BES [BESNN] totalizaram 197,7 milhões de euros e os analistas consultados pelo Negocios.pt aguardavam que os resultados líquidos de 2002 oscilassem entre 171,1 milhões de euros a 189,9 milhões de euros.

A estes resultados líquidos corresponde uma rendibilidade dos capitais próprios de 13,1%, abaixo dos 15,6% verificados em 2001.

Devido ao aumento de capital realizado o ano passado o resultado líquido por acção caiu de 0,99 euros para 0,74 euros.

O BES vai propor o pagamento de um dividendo de 0,287 euros por cada acção, abaixo dos 0,376 euros registados em 2001.

«Num ano especialmente difícil, não podemos deixar de realçar o bom desempenho conseguido pelas instituições do Grupo BES no âmbito da banca de particulares e empresas, nomeadamente nas duas principais unidades operacionais BES e BIC», refere a instituição liderada por Ricardo Salgado em comunicado.

O resultado financeiro, «na linha do que já vinha sendo evidenciado ao longo do exercício», aumentou 12,5%. O produto bancário cresceu 10,4% para 1,354 mil milhões de euros e a margem financeira foi de 2,27%, acima dos 2,18% registados em 2001.

O crédito total aumentou 10,2% para 27,3 mil milhões de euros, incluindo o crédito securitizado, beneficiando do aumento de 14,1% no crédito à habitação.

Os recursos totais de clientes cresceram 8,1% para 34,059 mil milhões de euros, colocando o rácio de transformação nos 106%, menos 4 pontos percentuais que em 2001.

Custos crescem menos que o esperado; «Cost to income» nos 50% este ano

Os custos operativos cresceram 1,2%, que segundo o BES significa uma redução real de 2,4% e fica abaixo das estimativas do próprio BES, que tinha um objectivo inicial de uma subida de 3%.

Em 2003 Ricardo Salgado estima que os custos vão crescer um máximo de 1%, segundo uma entrevista que concedeu ao «site» do banco.

Este comportamento permitiu uma queda no rácio «cost to income», que mede os custos sobre o produto bancário, de 58,3% para 53,4%.

Os custos operativos ascenderam a 722,7 milhões de euros, com os custos com pessoal a crescerem 0,8% para 323,1 milhões de euros. «Não obstante as dificuldades económicas actuais a nível mundial, continuamos a manter o objectivo do Cost-to-Income de 50% para 2003», diz o BES.

« Neste âmbito, não podemos deixar de realçar os efeitos da execução dos projectos de integração das operativas das principais unidades operacionais, com a consequente redução de postos de trabalho, a reengenharia de processos, a política de renegociação de contratos com fornecedores e a interiorização no seio de toda a estrutura do Grupo de um clima generalizado de redução de custos», refere o comunicado do BES.

BES aumenta objectivo de redução de postos de trabalho

Os projectos de racionalização implementados reflectiram-se numa redução de 578 colaboradores no exercício de 2002.

«Este número acrescido das reduções efectuadas em 2001, permitiram ultrapassar o objectivo fixado para 2001/2002 de 790 reduções para 809», refere o BES.

O BES reforçou as suas provisões em 37%, num aumento de 280,6 milhões de euros, tendo as provisões para crédito sido reforçadas em 55% para 224 milhões de euros.

O rácio de crédito vencido a mais de 90 dias situou-se em 1,87% continuando o rácio de cobertura a atingir níveis significativos (149% considerando o crédito a mais de 90 dias e 131% de cobertura do crédito vencido total).

O rácio de solvabilidade «continua a situar-se em níveis confortáveis»: segundo os critérios do Banco de Portugal é de 10,4% (Dez/01: 9,3%) e segundo os critérios do BIS é de 12,6% (Dez/01: 10,7%).

As acções do BES seguiam inalteradas nos 12,30 euros.

por Nuno Carregueiro

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