Os resultados líquidos da Cofina subiram 20% em 2001, atingindo os 7,4 milhões de euros, com as receitas a atingirem 211 milhões de euros, anunciou hoje a «holding» liderada por Paulo Fernandes em comunicado.

As receitas da Cofina cresceram cerca de 30% atingindo os 211 milhões de euros, valor que compara com o volume de negócios de 162 milhões de euros obtidos em 2000.

O «cash-flow» operacional, ou EBITDA, da Cofina ascendeu a 38,71 milhões de euros em 2001, valor idêntico ao observado no ano anterior.

Para a empresa os resultados de 2001 representam «a criação sustentada de valor para os seus accionistas e colaboradores, num ano particularmente difícil para a economia nacional, o que gerou um impacto negativo na maioria das empresas».

Segundo a mesma fonte, a actividade da empresa no ano passado foi marcada por «um forte crescimento» na área de media, contrariando o comportamento da maioria das empresas neste sector.

A Cofina sublinhou que os seus títulos no sector de media registaram níveis de circulação e audiência em linha com os de 2000, sucedendo o mesmo com as receitas publicitárias, «que se mantiveram estáveis, num ano de forte recessão».

Devido a este comportamento, o EBITDA da Investec, «sub-holding» que agrega os activos de media do grupo, mais que duplicou em 2001, passando dos 5,3 para os 11,5 milhões de euros.

Actualmente, a Cofina detém no sector de media publicações como os jornais «Correio da Manhã», «Record», a revista «Máxima», e controla a Mediafin, que detém o «Jornal de Negócios» e o Negocios.pt.

Cofina distribui 1,5 milhões de euros em dividendos

Referente ao exercício do ano passado, a Cofina vai distribuir 1,5 milhões de euros em dividendos aos seus accionistas, o que implica um dividendo bruto na ordem dos 0,03 euros por acção.

Tendo com conta os resultados líquidos alcançados no último ano, o montante a distribuir em dividendos corresponde a um «pay out» de 20,27%, segundo os cálculos efectuados pelo Negocios.pt.

Cofina prevê «crescimento sustentado» em 2002

Para o corrente ano, a empresa perspectiva «a manutenção do crescimento sustentado da actividade consolidada e da sua rentabilidade, com aumento do volume de actividade».

A Cofina sublinhou que o aumento do volume da actividade será conseguido quer «através da aquisição de novas participações, quer da melhoria da performance individual das actuais participadas».

A empresa adiantou que pretende concorrer à privatização de 25% do capital da Portucel [PTCL], operação que deverá ter lugar este ano, e que está interessada numa eventual alienação do Canal 1 da RTP e de uma frequência da RTP.

A Cofina fechou a subir 3,78% para os 2,47 euros.