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Relatório reconhece que sigilo bancário prejudicou a investigação parlamentar

O não levantamento do sigilo profissional "limitou o objecto da comissão de inquérito e o apuramento da informação necessária para dar cabal resposta aos quesitos".

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O não levantamento do sigilo profissional "limitou o objecto da comissão de inquérito e o apuramento da informação necessária para dar cabal resposta aos quesitos".

Esta é uma das conclusões do relatório da comissão parlamentar de inquérito ao exercício da supervisão financeira, redigido por Teresa Vendas. Precisamente uma das deputadas da bancada socialista que a 25 de Junho, juntamente com o PSD, chumbou o pedido de levantamento do sigilo profissional como forma de permitir à Assembleia da República ter acesso a toda a informação requerida.

Nos último quatro meses de trabalho da comissão, toda a informação sobre o "caso BCP" ocultada ao abrigo do sigilo profissional ficou fora da investigação. Isto porque socialistas e sociais-democratas chumbaram a solicitação do BE e do PCP para que o Parlamento pedisse o levantamento dessa figura jurídica junto do Tribunal da Relação de Lisboa.

Agora, chegada a hora das conclusões, a comissão de inquérito - através do relatório final redigido pela deputada independente eleita nas listas do PS, Teresa Venda - vem sublinhar que "com fundamento no segredo profissional, as pessoas ouvidas não deram qualquer informação concreta dos factos, limitando a remeter para o que era do conhecimento público". Basta recordar, por exemplo, as audições de Jardim Gonçalves, Amadeus Ferreira, António Marta ou Joaquim Goes Ferreira.

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