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Que preços vão aumentar em 2018?

Os preços vão subir na generalidade dos serviços, com uma excepção relevante: a electricidade. Pela primeira vez, em 18 anos, vai descer. Nas telecomunicações também não se prevêem, para já, aumentos. Mas a factura doméstica global deve subir.

Bruno Simão
Negócios 28 de Dezembro de 2017 às 11:00
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Energia
Preço da luz desce em 18 anos

A factura da electricidade no mercado regulado em Portugal vai descer pela primeira vez em 18 anos. A descida de 0,2% da electricidade vai descontar nove cêntimos numa factura média mensal de 45,7 euros de uma família. A medida vai beneficiar mais de um milhão de consumidores no mercado regulado de electricidade.

A última descida tinha tido lugar no ano 2000 (de 0,6%). Nos últimos 10 anos as tarifas de electricidade subiram sempre anualmente. O aumento mais acentuado teve lugar em 2009 (mais 4,3%) e a menos acentuada em 2017 (de 1,2%).

Em 2018 haverá também mudanças para quem está no liberalizado.  Os quase cinco milhões de consumidores domésticos de electricidade que estão neste mercado vão poder regressar ao mercado regulado a partir de 1 de Janeiro.  Qualquer comercializador no mercado liberalizado poderá passar a oferecer tarifas reguladas. Caso não as disponibilize, os consumidores poderão mudar para outro fornecedor que tenha estas tarifas, podendo cancelar os contratos sem custos. Simultaneamente as facturas da electricidade no mercado liberalizado vão passar a ter o valor que o consumidor pagaria pelo mesmo consumo no mercado regulado, sendo possível comparar a mais competitiva.

No gás natural, as tarifas entram em vigor a 1 de Julho, pelo que os novos preços só serão conhecidos mais tarde. ACM


Portagens
Circular nas auto-estradas será mais caro

As concessionárias de auto-estradas propuseram a actualização das taxas de portagem em 1,42% para 2018, tendo em conta o índice de preços ao consumidor de Outubro, excluindo habitação, que serve de referência ao aumento. No entanto, não se sabe ainda quantos e quais os troços que vão efectivamente subir os preços a 1 de Janeiro. É que a actualização das portagens inclui um mecanismo de arredondamento das taxas para o múltiplo de cinco cêntimos mais próximo. Ou seja, se os aumentos forem inferiores a 2,5 cêntimos a portagem manter-se-á inalterada, enquanto se o aumento for superior a 2,5 cêntimos há um arredondamento automático para cinco cêntimos. Depois de três anos em que as taxas de portagem praticamente não sofreram actualizações, em 2017 houve já algum impacto. MJB


Veículos
Inflação dita subida da factura

O ano novo vai trazer actualizações dos impostos relacionados com veículos, para reflectir a actualização da inflação. O imposto de circulação (IUC) aumentará assim 1,4%. Assim, um carro de 2008, a gasolina, com 1.300 de cilindrada e emissões de 140 gramas de dióxido de carbono por quilómetro, que pagou este ano 152,16 euros, vai pagar em 2018, com a actualização, 154,29 euros. Mais 2,13 euros. Já o  Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) sofrerá a mesma actualização, mantendo-se o adicional ao ISP no montante de 0,007 euros por litro para a gasolina e de 0,0035 euros para o gasóleo. Para quem vai comprar carro, a actualização do Imposto Sobre Veículos (ISV), implica que, por exemplo, um Renault Clio TCe 90 a gasolina fique cerca de  2,60 euros mais caro do que em 2017. ACM/SA


Transportes
Subida limitada a 2,5%

O Governo determinou que a percentagem máxima de aumento médio dos preços dos títulos dos transportes será no próximo ano de 2%, mas definiu também que no máximo cada título não poderá ser actualizado acima dos 2,5%. Já os cartões Lisboa Viva, Viva Viagem/7 Colinas e Andante não vão sofrer qualquer aumento.

Em 2017 a subida média nos transportes foi de 1,5%, em linha com a inflação. No entanto, para o próximo ano a actualização definida será acima do aumento dos preços previsto, que é de 1,4%, o que o Governo justificou pela necessidade de cobrir os custos das empresas de transporte. Desta forma, em 2018 terá lugar o maior aumento desde 2012.

Apesar do aumento dos tarifários, o Executivo manteve a possibilidade de o IVA pago nos passes – que é de 6% – poder ser deduzido na totalidade no IRS, à semelhança do que aconteceu já este ano.

Por outro lado, haverá novos descontos. Em 2017, no início deste ano lectivo, entrou em vigor uma redução de 25% dos preços dos passes sub23, dirigido aos estudantes do ensino superior até aos 23 anos, sem condição de recurso. No próximo ano essa percentagem de desconto será aplicada também aos passes 4_18, para todos os estudantes entre os 4 e os 18 anos, mesmo os que não tenham apoio social. n MJB


Crédito à habitação
Prestações sem aumento de relevo

A economia da Zona Euro está melhor e a inflação dá sinais mais animadores, mas não o suficiente para o Banco Central Europeu fazer mudanças significativas na sua estratégia. Mario Draghi tem afirmado que as taxas de juro de referência vão manter-se nos níveis actuais, historicamente baixos, pelo menos até ao início de 2019. O que significa que também a Euribor, o indexante usado no cálculo das prestações do crédito à habitação, deverá permanecer com um sinal menos durante o próximo ano. O que é sinónimo de prestações baixas e uma amortização maior dos empréstimos. Mesmo que as Euribor venham a subir ao longo do ano, o aumento na mensalidade deverá ser residual. AV


Rendas
Inquilinos vão pagar mais

As rendas são sempre actualizadas em função da inflação e, à medida que esta sobe, também crescem as rendas. O próximo ano trará os maiores aumentos desde 2013, mas que são ainda assim diminutos: 1,1%. É este o aumento que resulta da variação média de preços nos últimos 12 meses, medida em Setembro do ano anterior. A nova renda será devida no mês em que foi assinado o contrato e não em Janeiro, excepto nas rendas anteriores a 1990. Segundo as estatísticas da Administração Tributária, há cerca de 700 mil inquilinos em Portugal. Para os inquilinos com rendas antigas, que estejam em processo de actualização extraordinária, este aumento anual não se aplica. n ME


Comunicações
Operadores não vão subir preços

Em 2018 a Nos, a Nowo e a Vodafone Portugal não vão aumentar os preços dos serviços de telecomunicações. Já a Meo vai manter os valores para os serviços fixos, mas irá actualizar "alguns tarifários móveis pós-pagos". A decisão de não alterarem os preços acompanha a tendência registada por quase todos os operadores este ano. Em 2017 a Meo, Nos e Vodafone optaram por não aumentar os tarifários, depois de em 2016 terem actualizado por duas vezes. Já a Nowo subiu em cerca de 5% os preços no início do ano.

 Fonte oficial da Altice adiantou que "a partir de 1 de Fevereiro de 2018" irá proceder "à alteração de condições apenas em alguns tarifários móveis pós-pagos, passando estes também a incluir o dobro dos minutos e dos sms que lhes são inerentes".

A Vodafone apontou que, "à data, não está prevista qualquer actualização de preços" para 2018, tal como a Nowo que não antecipa alterações. Já a Nos é mais assertiva: "não vai efectuar aumentos".

No que toca aos correios, até ao momento não é conhecida qualquer decisão. A actualização dos preços só costuma ser divulgada pelos CTT no final do primeiro trimestre. Nos últimos cinco anos, os CTT têm aumentado os preços para tentar combater o decréscimo das receitas derivado da queda acentuada do envio de correio tradicional. SR


Alimentação e tabaco
Pão e bebidas sobem de preço

Na alimentação são aguardados alguns aumentos de preços, mas sem se esperar uma subida generalizada. Segundo a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares, citada pela Lusa, o preço do pão deverá subir 3 a 4%, depois de sete anos sem aumentos. O Correio da Manhã avançou que a carcaça em Lisboa passa a custar 24 cêntimos e no Porto 16 cêntimos. Pode haver ainda outros aumentos em virtude, até, da seca, mas a fixação depende das empresas. No que respeita à actualização de preços, por via dos impostos, sabe-se já que as bebidas alcoólicas terão uma actualização de 1,4%, assim como as bebidas com adição de açúcar, que se estende aos concentrados de fruta. No tabaco, até pode não haver subidas nos mais caros. As alterações levam a que só os maços até 4,70 euros é que terão de subir preços. AM


Água
Conta igual no Porto e Gaia, desce em Braga

A actualização dos preços da água a pagar no próximo ano depende do município de residência, sendo que, no caso de Lisboa, só se saberá na próxima sexta-feira, de acordo com fonte oficial da EPAL. Já o tarifário de fornecimento de água e saneamento de águas residuais  no Porto "mantém-se inalterado para 2018". O mesmo acontecerá, por exemplo, em Vila Nova de Gaia, em Guimarães (pelo quarto ano consecutivo) e em Coimbra. Entre os municípios onde a conta da água vai ficar mais barata está Braga, que decidiu, pelo segundo ano consecutivo, fazer uma redução generalizada de 2,5%. Já em Gondomar, numa factura média de 10 metros cúbicos, ocorrerá um aumento de 37 cêntimos para consumidores não-domésticos, enquanto para os domésticos o acréscimo será  de 18 cêntimos. RN/SR



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