A Portugal Telecom (PT) emitiu esta manhã um comunicado onde revela que assinou “com a Oi e com os seus accionistas controladores, os acordos definitivos de compra e venda, de subscrição e de accionistas”, segundo um comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os termos relevantes da transacção foram mantidos face ao pré-acordo. Mas no acordo assinado a PT consolidará proporcionalmente 25,6% da Oi e integrará a sua operação de "call centers" no Brasil na empresa da Oi, a Contax.
A PT ficará com 25,6% do capital, correspondente a um mínimo de 22,4% de direitos económicos.

A PT consolidará 44,4% da CTX, que controla a Contax, por via da fusão com a Dedic "que irá criar sinergias significativas para todos os accionistas".

No global da transacção, "o desembolso líquido esperado da PT é de 8,2 mil milhões de reais (3,6 mil milhões de euros ao câmbio actual) em ambas as transacções", diz a PT na apresentação colocada na CMVM. No pré-acordo, a PT dizia não querer investir mais de 8,4 mil milhões de reais.

A entrada da PT na Oi passa, como previsto, por várias operações. A PT vai adquirir a sua posição económica accionista mínima de 22,4%, como previsto, através de investimentos nas "holdings" AG Telecom e LF Telecom. Nestas empresas accionistas da Telemar Participações, a PT ficará com 35%. A PT irá ainda ficar com 12,07% directamente na Telemar Participações, um aumento face aos 10% previstos inicialmente. No aumento de capital da Telemar Participações, BNDES, Previ, Petros e Funcef não participação e a AG e LF usarão parte do dinheiro recebido da PT para acorrerem a esse aumento de capital.

A operadora portuguesa vai entrar, posteriormente, nas duas empresas cotadas - a Tele Norte Leste Participações e a Telemar Norte Leste, com posições ainda a determinar. Estas duas sociedades vão anunciar um aumento de capital de até 12 mil milhões de reais, cada uma.