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Primark garante estar “bem abastecida” para o Natal e afasta subida de preços. Empresa quer mais lojas

O grupo AB Foods, dono da Primark, apresentou resultados esta terça-feira. Perante as perturbações que se fazem sentir globalmente, a empresa afastou o cenário de prateleiras vazias nas lojas este Natal.

Paulo Duarte/ Negócios
09 de Novembro de 2021 às 10:27
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A Associated British Foods (AB Foods), a dona da Primark, apresentou resultados relativos ao ano fiscal de 2021, terminado a 18 de setembro, esta terça-feira. No ano fiscal, o lucro resultante da operação da Primark este ano resultou num lucro ajustado de 415 milhões de libras, o equivalente a 486,78 milhões de euros, refletindo uma subida homóloga de 15%.  


E, segundo a empresa, estes resultados da Primark no ano fiscal sinalizam um "bom desempenho", apesar "da disrupção contínua causada pela pandemia", que levou ao encerramento de lojas devido ao confinamento. Portugal e Espanha foram dois dos mercados que viram o contributo para a operação da Primark recuar, devido aos encerramentos das lojas e também à "quebra do turismo". 


Na totalidade de mercados onde as lojas estiveram fechadas este ano fiscal a Primark terá perdido cerca de dois mil milhões de libras em vendas. 


Depois dos períodos de confinamentos ultrapassados e com os clientes a regressar já às lojas, há outra "fantasma" a pairar, desta vez ligado às perturbações na cadeia de distribuição, que está a fazer com que várias empresas não consigam ter inventário suficiente em loja. 


Enquanto várias companhias do setor já deixaram avisos sobre prateleiras mais vazias este Natal, devido à dificuldade em conseguir fazer chegar os produtos às lojas, o diretor financeiro da AB Foods afasta este cenário. Em declarações citadas pela Reuters, a empresa garante estar preparada para o Natal. 


"Estamos basicamente a dizer que temos uma boa cobertura de stock para o Natal, as nossas lojas vão estar cheias", afirmou John Bason à Reuters. Bason admite que poderá haver algumas falhas em linhas específicas, mas que o "consumidor poderá ter dificuldade em perceber", minimizando o tema. 


De acordo com este responsável, a empresa não irá aumentar os preços dos produtos da coleção de outono/inverno. "Não vamos pôr os preços da Primark mais altos", indicou à agência.


Primark afasta-se do comércio eletrónico


De acordo com o CEO da AB Foods, George Weston, citado no comunicado de resultados da empresa, a AB Foods está confiante de que a retalhista de moda "low-cost" vá continuar "a entregar uma margem melhorada e lucros no próximo ano". E, após a pandemia, a empresa garante ter planos para "expandir o nosso "pipeline" de lojas e investir em tecnologia e capacidades digitais para continuar a melhorar o desempenho do negócio". 


Segundo o comunicado da empresa, Portugal manteve o mesmo número de lojas este ano (10). Já relativamente aos próximos anos, a empresa pretende elevar o número de lojas que tem nos diversos mercados de 398 para 530 dentro de cinco anos - a maior parte da expansão está reservada para o mercado norte-americano, onde a empresa quer passar das atuais 13 lojas para 60 até 2026. 


Ao contrário de outras empresas do setor, que apostaram no comércio eletrónico durante a pandemia, a Primark quer manter-se afastada deste tipo de comércio. A empresa tem um site, onde é possível ver algumas peças, mas não existe hipótese de compra. E, segundo a empresa, essa será uma estratégia a manter, embora a companhia pretenda fazer melhorias no online, nomeadamente para apresentar ao cliente mais informação sobre disponibilidade de peças nas lojas mais próximas. 


As ações da AB Foods estão a reagir em alta aos resultados apresentados no ano fiscal, a subir cerca de 6,3% para 19,755 libras. No ano fiscal, o grupo reportou lucros de 1,01 mil milhões de libras e receitas de 13,9 mil milhões de libras.  

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