Notícia
Portugueses comem 70.000 toneladas de bacalhau por ano, cinco delas no Natal
Pelas contas do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar para Portugal, cada poertugês consome, em média, sete quilos de bacalhau seco por ano. Em fresco, é o equivalente a 20 quilos.
18 de Dezembro de 2021 às 11:17
Os portugueses comem 70.000 toneladas de bacalhau por ano, até cinco das quais só no Natal, época na qual não vai faltar este tipo de pescado, apesar dos constrangimentos logísticos, garantiu o diretor do NSC para Portugal.
"O bacalhau tem um estatuto único na gastronomia portuguesa e, por isso, a sua evolução no mercado tem sido estável. Os portugueses consomem cerca de 70.000 toneladas de bacalhau por ano, o que representa sete quilogramas (kg) 'per capita'. Este peso em bacalhau salgado seco corresponde a 20 kg de bacalhau fresco", indicou o diretor do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC) para Portugal, Johnny Thomassen, em resposta à Lusa.
Só na consoada, estima-se que sejam consumidas entre quatro e cinco mil toneladas de bacalhau da Noruega.
Ainda no que se refere à origem, 70% de todo o bacalhau comido em Portugal é da Noruega e, segundo o NSC, apesar da pandemia de covid-19, "os portugueses não vão abdicar do seu fiel amigo no Natal".
Johnny Thomassen contrariou o que classificou como "notícias alarmistas", garantindo que não vai faltar bacalhau no Natal, apesar de ressalvar que existem alguns constrangimentos.
"Eventualmente, alguns produtores ou retalhistas mais pequenos podem ficar sem 'stocks' ou não terem todos os calibres disponíveis. Contudo, esta situação será a exceção e não há qualquer risco de faltar bacalhau", vincou, sublinhando alguns constrangimentos logísticos de transporte que não permitem que o bacalhau chegue a Portugal como habitualmente.
Porém, os empresários estão a encontrar outras soluções para contornar a questão do transporte, referiu, dando como exemplo uma empresa, em Aveiro, que "fretou um navio para trazer carregamentos de bacalhau da Noruega".
No que concerne à covid-19, o diretor do NSC para Portugal disse também que o consumo se manteve estável face aos anos anteriores, apesar da pandemia ter provocado algumas mudanças nos padrões de consumo.
"A pandemia 'obrigou' os portugueses a reaprender a cozinhar e, em alguns casos, permitiu às famílias terem um maior número de refeições em conjunto e mais tempo para dedicarem à questão da alimentação. Portanto, ao longo destes meses tem-se verificado um aumento do consumo de bacalhau em contexto doméstico e uma diminuição nas refeições fora de casa", acrescentou.
O preço, por seu turno, subiu ligeiramente na origem e em loja, mas não é espectável que aumente substancialmente.
"Os retalhistas sabem que o bacalhau é muito importante para atrair os clientes para a loja e, nesse sentido, apostam bastante em promoções nesta categoria. Por exemplo, em média, 67% das vendas de bacalhau são feitas em promoção", disse.
Porém, Thomassen avisou que, no início do próximo ano, é "possível que se verifique uma subida dos preços" e que podem faltar alguns calibres nas lojas mais pequenas, situação que deverá estar normalizada até à Páscoa.
O NSC é uma empresa pública subordinada ao Ministério da Pesca e Assuntos Costeiros da Noruega, financiada pela indústria através de taxas sobre todas as exportações dos produtos do mar daquele país.
Para promover o consumo dos produtos do mar da Noruega, o NSC está presente em vários países, incluindo Portugal.
"O bacalhau tem um estatuto único na gastronomia portuguesa e, por isso, a sua evolução no mercado tem sido estável. Os portugueses consomem cerca de 70.000 toneladas de bacalhau por ano, o que representa sete quilogramas (kg) 'per capita'. Este peso em bacalhau salgado seco corresponde a 20 kg de bacalhau fresco", indicou o diretor do Conselho Norueguês dos Produtos do Mar (NSC) para Portugal, Johnny Thomassen, em resposta à Lusa.
Ainda no que se refere à origem, 70% de todo o bacalhau comido em Portugal é da Noruega e, segundo o NSC, apesar da pandemia de covid-19, "os portugueses não vão abdicar do seu fiel amigo no Natal".
Johnny Thomassen contrariou o que classificou como "notícias alarmistas", garantindo que não vai faltar bacalhau no Natal, apesar de ressalvar que existem alguns constrangimentos.
"Eventualmente, alguns produtores ou retalhistas mais pequenos podem ficar sem 'stocks' ou não terem todos os calibres disponíveis. Contudo, esta situação será a exceção e não há qualquer risco de faltar bacalhau", vincou, sublinhando alguns constrangimentos logísticos de transporte que não permitem que o bacalhau chegue a Portugal como habitualmente.
Porém, os empresários estão a encontrar outras soluções para contornar a questão do transporte, referiu, dando como exemplo uma empresa, em Aveiro, que "fretou um navio para trazer carregamentos de bacalhau da Noruega".
No que concerne à covid-19, o diretor do NSC para Portugal disse também que o consumo se manteve estável face aos anos anteriores, apesar da pandemia ter provocado algumas mudanças nos padrões de consumo.
"A pandemia 'obrigou' os portugueses a reaprender a cozinhar e, em alguns casos, permitiu às famílias terem um maior número de refeições em conjunto e mais tempo para dedicarem à questão da alimentação. Portanto, ao longo destes meses tem-se verificado um aumento do consumo de bacalhau em contexto doméstico e uma diminuição nas refeições fora de casa", acrescentou.
O preço, por seu turno, subiu ligeiramente na origem e em loja, mas não é espectável que aumente substancialmente.
"Os retalhistas sabem que o bacalhau é muito importante para atrair os clientes para a loja e, nesse sentido, apostam bastante em promoções nesta categoria. Por exemplo, em média, 67% das vendas de bacalhau são feitas em promoção", disse.
Porém, Thomassen avisou que, no início do próximo ano, é "possível que se verifique uma subida dos preços" e que podem faltar alguns calibres nas lojas mais pequenas, situação que deverá estar normalizada até à Páscoa.
O NSC é uma empresa pública subordinada ao Ministério da Pesca e Assuntos Costeiros da Noruega, financiada pela indústria através de taxas sobre todas as exportações dos produtos do mar daquele país.
Para promover o consumo dos produtos do mar da Noruega, o NSC está presente em vários países, incluindo Portugal.